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Cidades

Campo Grande e Costa Rica recebem mulheres obrigadas a deixar os EUA

Levantamento federal identificou que entre os 1.233 brasileiros deportados, 74% querem trabalhar no Brasil

Por Lucia Morel | 06/08/2025 16:54
Campo Grande e Costa Rica recebem mulheres obrigadas a deixar os EUA
Voo com os repatriados brasileiros em Fortaleza, em fevereiro deste ano. (Foto: Raul Lansky/MDHC)

Em meio à ofensiva do governo americano para impedir a permanência de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, Mato Grosso do Sul recebeu duas mulheres repatriadas entre janeiro e agosto deste ano, segundo o MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania). O perfil delas, como idade ou profissão, não foi informado, mas elas foram alocadas uma em Campo Grande e outra em Costa Rica, a 326 Km da Capital.

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O Mato Grosso do Sul recebeu duas mulheres repatriadas dos Estados Unidos entre janeiro e agosto deste ano, sendo uma alocada em Campo Grande e outra em Costa Rica. Elas fazem parte de um grupo de 1.233 brasileiros deportados no período, dos quais 74% pretendem trabalhar no Brasil. Para auxiliar na reintegração desses cidadãos, o governo federal lançou o programa "Aqui é Brasil", com orçamento de R$ 15 milhões e duração inicial de 12 meses. A iniciativa oferece suporte desde o desembarque até a retomada da vida produtiva, incluindo apoio psicossocial, acesso à saúde e auxílio para inserção no mercado de trabalho.

Levantamento do órgão identificou que entre os 1.233 brasileiros deportados no período, 74% deles pretendem trabalhar no Brasil. Para acolher e reintegrar esses cidadãos, o governo federal lançou hoje o programa “Aqui é Brasil”. O objetivo é oferecer suporte desde o desembarque até a retomada da vida produtiva.

O perfil traçado pelo MDHC mostra que os repatriados são, em sua maioria, homens (949), com idades entre 18 e 39 anos (64,6%). A maior parte chegou sozinha (89,13%), mas foi acolhida por familiares (61,39%) ou já tinha moradia própria ou alugada (31,59%).

O grupo tem nível educacional variado: 53,39% cursaram ou concluíram o ensino médio, e 15,84% têm ensino superior. A maioria trabalhava nos Estados Unidos em jornadas superiores a oito horas diárias, especialmente em estados com forte presença brasileira, como Massachusetts, Texas e Flórida. Segundo o governo, as condições de trabalho eram frequentemente precárias.

Além dos 74,2% que desejam trabalhar no Brasil, 18,3% pretendem conciliar trabalho e estudo, e 4,97% querem se dedicar exclusivamente aos estudos. Os dados reforçam que a reintegração social e econômica é central para os repatriados, após períodos curtos e instáveis no exterior.

Coordenado pelo MDHC, o “Aqui é Brasil” tem duração inicial de 12 meses e orçamento de R$ 15 milhões. A ação envolve vários ministérios, governos estaduais e organismos internacionais. O programa oferece apoio psicossocial, acesso à saúde, regularização documental, abrigo e articulação para inserção no mercado de trabalho.

Quatro frentes - A atuação do programa está organizada em quatro eixos: acolhimento emergencial nos aeroportos; apoio à reintegração social e econômica; fortalecimento da governança migratória; e promoção de parcerias com governos, setor privado e sociedade civil.

Na prática, isso significa triagens no momento da chegada para identificação de vulnerabilidades e posterior encaminhamento para políticas públicas nas áreas de saúde, educação, moradia e trabalho.

Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Goiás e Espírito Santo concentram o maior número de repatriados. Apenas Piauí, Roraima e Amapá não foram informados como destino por nenhum dos retornados até agora.

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