Chuva de 1h faz rua virar rio no Santo Antônio e moradores ficam ilhados
Moradora precisa esperar cerca de 30 minutos para a água abaixar e conseguir sair de casa
Ruas do bairro Santo Antônio, na região oeste de Campo Grande, viraram "rio" depois da chuva de cerca de uma hora no início da tarde desta quinta-feira (20). Com a água cobrindo as rodas dos carros, moradores ficam ilhados enquanto esperam o volume diminuir.
Moradora da Rua Taquari esquina com a Rua Leônidas de Matos, enviou imagens do lugar, mas não quis se identificar. Ela conta que precisou esperar cerca de 30 minutos para a água abaixar e conseguir sair de casa.
"Eu moro nesta rua há 32 anos e sempre passo por isso. A chuva castiga a gente e o poder público não faz nada. Hoje com essa chuva torrencial minha varanda virou um mar", reclama. Segundo ela, há cerca de 10 anos a água invadiu a casa e ela perdeu vários móveis. "Estante, sofá e até colchão", conta.
Segundo a moradora, o problema não é apenas o alagamento. "Sempre que alaga não é só a água que entra em casa, é a sujeira também e nunca vieram desentupir bueiros. Depois da chuva ainda tem a invasão de insetos e bichos", relata.
Para diminuir o problema, a moradora conta que precisou fazer adaptações na casa como construir rampas e trocar o portão da casa, mas mesmo assim a água da chuva continua invadindo. "Além disso minha casa está rachando por dentro, rachaduras que foram causadas por infiltrações da chuva", afirma.
A cerca de dois quilômetros esquina entre as ruas Taquari e Leônidas de Matos, na Avenida Capibaribe, moradores, que não quiseram se identificar, contaram que precisaram mudar o trajeto para consegui atravessar a região.
Outro lado - Em nota, a Prefeitura de Campo Grande, explicou que bairro tem um lençol freático aflorado e muitas casas foram construídas abaixo do nível das ruas o que provoca alagamentos.
"A situação se agravou após todos os bairros acima da Avenida Júlio de Castilho terem sido pavimentados, o que impermeabilizou o solo, aumentou a velocidade da água que deságua no Santo Antônio, onde o sistema de drenagem é insuficiente para captar e escoar toda a enxurrada", detalha.
Conforme a Prefeitura, um projeto, em fase de estudo, prevê a construção de um piscinão na área do campus do Instituto Federal e a água bombeada para a cabeceira do Córrego Lagoa, que fica dentro da Base Aérea. As obras para o escoamento das águas pluviais nesta região do depende de recursos federais ou financiamento.
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