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Cidades

Com reitor no coro, grupo do IFMS protesta contra cortes na educação

Estudantes, professores e servidores se concentraram no canteiro da Avenida Duque de Caxias

Fernanda Palheta e Ronie Cruz | 15/05/2019 12:13
Ato na Avenida Duque de Caxias aconteceu simultaneamente ao protesto na UFMS (Foto: Marina Pacheco)
Ato na Avenida Duque de Caxias aconteceu simultaneamente ao protesto na UFMS (Foto: Marina Pacheco)

Estudantes, professores, servidores e até o reitor do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) protestaram com o bloqueio de verbas para Educação na manhã desta quarta-feira (15). O ato acontece simultaneamente ao protesto em frente a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Com cartazes, faixas e palavras em defesa do Instituto e da Educação, por volta de 9h30 os manifestantes deixaram o campus do IFMS e seguiram para a Avenida Duque de Caxias, no bairro, em Campo Grande.

Segundo o movimento estudantil, aproximadamente 150 pessoas participaram do ato em defesa do IFMS. Já a PM (Polícia Militar) estima que o protesto reuniu cerca de 100 pessoas.
Entre os manifestantes, o reitor do IFMS, Luiz Simão Staszczak, confirmou a corte de R$ 17 milhões, que representa um impacto de 42% do orçamento.

Segundo o reitor, metade do orçamento bloqueado é referente ao custeio do instituto e a outra metade seria destinado as obras no IFMS. “A principal unidade que vai sofrer com esse corte é a unidade de Naviraí, que está em obras”, aponta.

O reitor do IFMS, Luiz Simão Staszczak, também participou da mobilização (Foto: Marina Pacheco)
O reitor do IFMS, Luiz Simão Staszczak, também participou da mobilização (Foto: Marina Pacheco)

Ainda segundo o reitor, com o corte, o Instituto deve funcionar normalmente até junho. Depois de junho, se acordo com ele , MEC (Ministério da Educação) e o CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) vão avaliar novamente do orçamento. “Temos o compromisso do ministro da educação de que todas as ações de minimização desse impacto estão sendo revistas até junho, mas é claro que isso também depende da economia”, explica Staszczak.

A estudante de mecânica, Larissa Silveira Fernandes, de 17 anos, está entre os estudantes e professores que temem pelo reflexo dos cortes. “A gente vai perder muito se a Instituição para de funcionar. É preocupante pensar na possibilidade de eu não conseguir me formar, porque o Instituto nos prepara para sair pronto para o mercado de trabalho”, defende.

Falta

O diretor de ensino do IFMS, Elton da Silva Paiva Valente, afirma que as aulas no Instituto não foram suspensas. “Hoje é um dia destinado para atender a mobilização dos estudantes e este ato é considerado como uma atividade como qualquer outra no instituto, quem não foi recebeu falta”, explica.

Segundo ele, os estudantes decidiram em assembleia pela adesão a mobilização nacional. O diretor ainda afirma que não haverá reposição da aula desta quarta-feira (15). “E a partir de amanhã voltam as aulas”, completa.

Valente ainda destaca o apoio do IFMS a mobilização nacional. “O posicionamento do instituto é de apoiar o manifesto que não é um protesto contra o governo federal, mas sim em defesa pela educação”, justifica.

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