Em 2 meses, gripe já mostra ser mais letal que nos últimos 6 anos
Em apenas dois meses – janeiro e fevereiro de 2022 – já são 86 óbitos, maior número desde 2016
Há seis anos, Mato Grosso do Sul não registra tantas mortes por gripe. Em apenas dois meses – janeiro e fevereiro de 2022 – já são 86 óbitos, pouco menos que em 12 meses do ano de 2016, quando 103 pessoas acabaram morrendo vítimas da doença. Desta vez, no entanto, o vírus Influenza H3N2 é o causador e nos anos anteriores era o H1N1.
Boletim da Vigilância Epidemiológica da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostra que a partir de 2016 houve decréscimo significativo nessa quantidade, sendo que os registros revelam 6, 33, 65, 8 e 4 casos nos anos subsequentes, respectivamente.
Vale destacar que os quatro óbitos de 2021 aconteceram, todos, em dezembro do ano passado, período bem atípico para ocorrência de casos e principalmente, mortes pela doença.
E dos 86 mortos de 2022, apenas um não teve a tipagem do vírus identificado e os demais 85, todos decorreram do H3N2. Desde janeiro, conforme a publicação, foram 3.926 notificações suspeitas de gripe, das quais 267 foram confirmadas e 266 identificadas como sendo de H3N2.
Os dados do boletim também revelam que das oito semanas analisadas, o maior número de notificações ocorreu entre a segunda e a terceira de janeiro, começando a cair desde então. Maioria dos óbitos aconteceu no mesmo período.
Dentre as mortes, que ocorreram entre pessoas de 1 a maiores de 80 anos, maior concentração é nesta última faixa etária, que responde por 34,9% das ocorrências. O segundo maior público que foi a óbito tem entre 60 e 69 anos (18,6%) e o terceiro, 70 a 79 (16,3%).