Gaeco cumpriu 12 de 16 prisões por fraude em licitações de Terenos
Os nomes dos alvos dos quatro mandados de prisão não cumpridos não foram informados
De 16 mandados de prisão emitidos pela Justiça estadual para a Operação Spotless do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), ambos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, 12 foram cumpridos, sendo cinco em Campo Grande e nove em Terenos, a 31 Km da Capital e foco das fraudes em licitações.
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O Gaeco e o Gecoc cumpriram 12 dos 16 mandados de prisão na Operação Spotless, que investiga fraudes em licitações em Terenos, município a 31 km de Campo Grande. Entre os detidos estão o prefeito Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB) e diversos empresários do setor de construção civil. A investigação revelou uma organização criminosa que fraudava licitações públicas, com prejuízos superiores a R$ 15 milhões apenas no último ano. O esquema envolvia servidores públicos corrompidos e empresários que simulavam competição legítima em certames com editais direcionados.
Estão presos: o prefeito da cidade vizinha, Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB); o servidor Valdecir Alves Batista; Sansão Inácio Rezende, dono da Construtora e Empreiteira Real; Genilton da Silveira Moreira, dono da Base Construtora e Logística, empresa de manutenção de redes de distribuição de energia elétrica; Nádia Mendonça Lopes, proprietária da Lopes Construtora e Empreiteira Ltda; Hander Luiz Correa Grote Chaves, proprietário da HG Empreiteira & Negócios Ltda; Fernando Seiji Alves Kurose, sócio da Construtora Kurose; empresário Eduardo Schoier, da Conect Construções e Orlei Figueiredo Lopes, ex-proprietário da Cerealista Terenos. Eles estão no Centro de Triagem Anísio Lima.
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Outras três pessoas foram presas em Campo Grande: o corretor de imóveis Sandro José Bortolotto; Arnaldo Santiago, empresário do setor de obras públicas e Fábio André Hoffmeister Ramires, sócio da Tercam Construções Ltda. Todos estes estão detidos na sede da Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada), no bairro Tiradentes.
Os nomes dos alvos dos quatro mandados de prisão não cumpridos não foram informados.
A investigação constatou a existência de organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública instalada no município de Terenos/MS, com núcleos de atuação bem definidos, liderada por um agente político, que atuava como principal articulador do esquema criminoso.
A organização criminosa se valia de servidores públicos corrompidos para fraudar o caráter competitivo de licitações públicas, direcionando os respectivos certames para beneficiar empresas participantes do esquema delituoso, mediante a elaboração de editais moldados e por meio de simulação de competição legítima, em contratos que, somente no último ano, ultrapassaram a casa dos R$ 15 milhões.
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