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Cidades

Justiça decreta bloqueio de bens de empresa ligada a Pavão

Traficante teria usado a empresa com objetivo de esconder os lucros do tráfico internacional

Gustavo Bonotto e Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2023 20:28
Jarvis Pavão durante prisão. (Foto: Arquivo)
Jarvis Pavão durante prisão. (Foto: Arquivo)

Justiça decretou o bloqueio geral de bens pertencentes à Universonal JTJ Proveeduría, que faz parte das empresas de Jarvis Chimenes Pavão. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Amarilla, na tarde desta quinta-feira (20).

De acordo com os autos, a decisão atende o pedido do procurador Osmar Segovia, que acusou a empresa de fazer parte do holding pertencente à organização criminosa. O traficante teria usado a empresa com objetivo de esconder os lucros do tráfico internacional.

A empresa, de acordo com as investigações, teria mobilizado um fluxo significativo de dinheiro entre os anos de 2019 a 2021. Apenas no último mês, o valor ultrapassa R$ 1 milhão.

Anteriormente, o juiz já havia decretado a proibição de efetivar novas transferências e declarou como bens sujeitos a confisco quase meia centena de imóveis registrados nos nomes dos acusados.

O juiz responsável pelo bloqueio, Gustavo Amarilla. (Foto: Arquivo)
O juiz responsável pelo bloqueio, Gustavo Amarilla. (Foto: Arquivo)

Histórico - O promotor Carlos Alcaraz pediu à Justiça, no final de 2022, o bloqueio de bens de Nair Chimenes, mãe do traficante de drogas Jarvis Chimenes Pavão. A mulher é acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa em processo de 2007.

Conforme apurado, Nair Chimenes foi indiciada após a intervenção na Fazenda 4 Filhos, onde foram encontrados mais de 111 quilos de cocaína. Ela e José Martínez Mendi Pavão são acusados de ocultar, por meio de operações comerciais realizadas de forma permanente, a origem das mercadorias vindas de atividades ilegais.

Condenado a pelo menos 60 anos de prisão por tráfico internacional de cocaína, Jarvis Pavão está recolhido atualmente no Presídio Federal de Brasília. Em dezembro de 2017, ele foi expulso do Paraguai e entregue à PF brasileira depois de cumprir oito anos de prisão por tráfico naquele país.

Enquanto esteve preso no Paraguai, Pavão ficou conhecido pela mordomia em que vivia no presídio de Tacumbú, na capital Asunción. Com a conivência de autoridades corruptas, ele construiu sua própria cela, onde tinha ar-condicionado, sala de reuniões, cozinha e cama king.

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