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Cidades

Quase metade das mortes por covid em maio são de pessoas com menos de 60 anos

46% das vítimas não eram idosas; é a maior proporção mensal em toda pandemia

Guilherme Correia | 16/05/2021 10:30
Um dos pontos de imunização contra a covid em Campo Grande recebe pacientes por meio de drive-thru (Foto: Marcos Maluf)
Um dos pontos de imunização contra a covid em Campo Grande recebe pacientes por meio de drive-thru (Foto: Marcos Maluf)

Maio é o mês em que idosos representam menor fatia de mortes por covid em Mato Grosso do Sul desde o início da pandemia, enquanto as pessoas com até 59 anos têm sido mais acometidas pelo coronavírus - cerca de 46% do total.

O Campo Grande News levantou a quantidade de óbitos pela doença em cada mês, divididos entre duas faixas etárias - menores ou maiores de 60 anos. Ainda assim, vale lembrar que as mortes, mesmo que tenham apresentado pequena redução, continuam no maior patamar.

O mês com maior quantidade proporcional de jovens mortos por covid foi abril deste ano, representando 41% do total. Antes disso, março de 2021 e junho de 2020 tiveram índices semelhantes, de 34% - ainda que no período do ano passado foram 71 óbitos, enquanto o deste ano registrou 1.084 mortes ao todo.

Entre alguns dos fatores atribuídos por especialistas e autoridades em saúde à redução apenas em grupos específicos é o início do processo de vacinação.

Em coletiva feita na semana passada, a secretária-adjunta em Saúde, Crhstinne Maymone, ressaltou a melhora entre pessoas idosas, sobretudo as com mais de 80 anos, ainda que os demais grupos não imunizados com as duas doses precisem redobrar cuidados preventivos.

"Temos dados que os mais idosos em decorrência da vacina têm tido menos internações e menos óbitos, mas estamos muito voltados à faixa da meia-idade à população jovem. Vamos acreditar na ciência", disse.

No começo da vacinação, em meados de março, o Campo Grande News já havia reportado pequena redução de casos graves em pessoas com 90 anos ou mais.

Nas semanas seguintes, quedas nos índices foram verificadas entre pacientes com mais de 80, como também em profissionais da enfermagem e grupos indígenas - todos esses, priorizados pelo PNI (Plano Nacional de Imunização), já que fazem parte dos grupos de risco que possuem maior chance de morrer para o vírus.

Ainda que, comparado ao total de habitantes do Estado, apenas 23,4% receberam ao menos uma dose e somente 9,33% foi imunizado com as duas aplicações, estima-se que 83% do público prioritário já tenha sido vacinado com a 1ª dose.

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