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Cidades

"Queda de casos é resultado de medidas restritivas e vacinação", diz Geraldo

Ainda que dados indiquem pequena melhora na pandemia, índice de mortes por dia ainda é alto

Paula Maciulevicius Brasil, Caroline Maldonado e Guilherme Correia | 05/07/2021 11:10
Distribuição de vacinas foi feita na manhã de hoje, em Campo Grande, aos municípios do interior (Foto: Marcos Maluf)
Distribuição de vacinas foi feita na manhã de hoje, em Campo Grande, aos municípios do interior (Foto: Marcos Maluf)

Mato Grosso do Sul confirmou, nesta segunda-feira, 317 infectados e 34 mortes pela covid-19, índices que têm caído ao longo das últimas semanas, ainda que em média dezenas de pessoas continuam morrendo pela doença.

Na manhã de hoje (5), o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, aproveitou distribuição de vacinas no prédio da Ceve (Coordenação Estadual de Vigilância Epidemiológica) para se reunir com a imprensa.

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, durante coletiva de imprensa nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, durante coletiva de imprensa nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)

Questionado se a queda do número de casos, internações e óbitos tem a ver com a vacinação ou é resultado de medidas restritivas, ele foi direto. "As duas vertentes que é o que a ciência indica, ou seja, estão lado a lado, a vacinação em massa e as medidas restritivas", declarou.

Já quanto as mortes, cerca de 34 por dia, Resende argumenta que a queda não reflete ainda nesse quesito, porque o número de óbitos visto agora são de quadros graves e de pacientes que já estavam internados há muito tempo. "São quadros graves, arrastados, de pessoas que estavam há 60 dias em leitos de UTI, mas são números maiores do que a gente queria", diz.

Quase metade das mortes registradas hoje (15) eram de pacientes com menos de 60 anos. Segundo boletim epidemiológico, a vítima mais jovem tinha apenas 29 anos e morava em Campo Grande. Já a mais idosa, de 103 anos, era de Ponta Porã.

Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul confirmou 338,6 mil casos e 8.365 vítimas fatais da doença - dados de cada município, além das vítimas, podem ser conferidos neste link.

Vacinação - Neste momento, quase 46% da população total de Mato Grosso do Sul recebeu ao menos uma dose de vacina, sendo que 20,6% já foi imunizada com duas doses ou dose única de Janssen.

No topo do ranking como estado que mais vacina no País, Resende agradeceu, em coletiva, aos motoristas dos municípios do interior de MS que viajam madrugada adentro para vir buscar a vacina. "Eles são guerreiros, saem 2h ou 3h da manhã para estar aqui, pegar a vacina e levar de volta na maior velocidade possível", disse.

O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) se vangloriou em dizer que Mato Grosso do Sul está quatro pontos à frente do segundo colocado na aplicação da segunda dose e sete pontos à frente quanto à primeira dose.

Estamos 10 pontos superior a média do País. Isto é um orgulho muito grande para nós, este processo acelerado de vacinação com medidas restritivas, que infelizmente alguns teimaram em não acompanhar, a gente teve este declínio acentuado da doença", comentou.

Comparando os dados divulgados nesse domingo (4), que mostrou queda em lotação de UTI e também de contaminados, Geraldo disse que em números de novos casos, Mato Grosso do Sul está abaixo de 1.000, que vinha sendo a média de internação. "Chegamos a 700, metade do que verificamos no início do mês, que chegamos a ter 1.339 pacientes internados, ontem tinha 750, hoje já acredito que vamos ter menos".

Segundo boletim epidemiológico, as quatro macrorregiões de saúde apresentam dados melhores que os verificados há algumas semanas, quando os municípios superavam os 100% de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), indicando superlotação de pacientes em hospitais sendo atendidos em leitos improvisados ou inadequados.

A região de Campo Grande registrou 89% de ocupação, além de Dourados (81%), Três Lagoas (79%) e Corumbá (71%). Vale lembrar que essas regiões incluem não apenas o município principal, mas também as cidades ao redor, que juntos fazem regulação de pacientes e hospitais por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

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