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Capital

"Chega a ser ridículo", diz irmã de Mayara sobre exame mental de assassino

Pauliane Amaral enxerga pedido como estratégia da defesa para livrar Barbosa da acusação de latrocínio

Luana Rodrigues | 24/08/2017 17:58
Pauliane Amaral discursou durante evento na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Pauliane Amaral discursou durante evento na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Em visita a Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (24), a irmã da violonista Mayara Amaral, 27 anos, falou sobre a possibilidade da defesa de Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, pedir que ele faça um exame de sanidade mental.

Para Pauliane Amaral o pedido será só mais uma estratégia da defesa para tentar livrar Barbosa da acusação de latrocínio. "Ele confessou que matou minha irmã a martelada e depois queimou o corpo dela, acho um absurdo tentarem amenizar isso de qualquer forma. Chega a ser ridículo esse tipo de depoimento do advogado dizendo que ele (Luís) passou mal, e a minha irmã, o que sofreu nas mãos dele levando martelada na cabeça?", desabafou.

Bastante emocionada, a irmã da violonista discursou na Câmara durante uma audiência pública que tinha como objetivo o debate de ações de combate a violência contra a mulher. No evento, proposto pelo vereador André Salineiro (PSDB), foi discutida a implantação do "Maria da Penha vai à escola".

"É fundamental discutirmos isso, pois minha irmã foi só mais uma vítima, enquanto há milhares de mulheres sofrendo. Confio muito na Justiça e acredito que o assassino terá a punição que merece, mas ele pode pegar até mil anos de prisão, que nada vai amenizar nossa dor, nada vai trazer minha irmã e volta", disse Pauliane.

Exame - Um mês após o crime, a defesa de Luís Alberto Bastos Barbosa, irá apelar para um exame de sanidade mental no processo sobre a morte da violonista Mayara Amaral.

De acordo com o advogado Conrado Passos, o exame servirá para apontar a "culpabilidade" de Barbosa no crime. "Vamos pedir em função da gravidade do evento, ele nunca fez nada parecido com isto, pode ter tido um surto ou ter sido movido pelas drogas", diz.

O advogado conta que na última semana Barbosa passou mal dentro do presídio, devido a abstinência das drogas. "Ele passou por problemas seríssimos de saúde em função da abstinência, a família teve de socorre-lo com medicamentos, ele passou muito mal", conta.

O técnico de informática confessou ter assassinado a jovem no dia 24 de julho, e disse que estava sob efeito de drogas no momento em que cometeu o crime.

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