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Capital

"Tropa de elite" da Polícia Militar de MS fica sem viaturas para atuar

Renan Nucci | 03/09/2014 15:38
Viaturas do Choque estão em oficinas da Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Viaturas do Choque estão em oficinas da Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Veículos se desgastam rapidamente devido ao ritmo de trabalho da corporação. (Foto: Marcos Ermínio)
Veículos se desgastam rapidamente devido ao ritmo de trabalho da corporação. (Foto: Marcos Ermínio)

O Batalhão de Choque, uma espécie de tropa de elite da Polícia Militar de Campo Grande, que também atende o interior do Estado, enfrenta problemas estruturais. As dez viaturas de quatro rodas da unidade estão encostadas nas oficinas de empresas terceirizadas contratadas pelo Governo do Estado, sem previsão de entrega, apontam fontes ligada à corporação.

Conforme denúncia, sem os veículos para patrulhamento ostensivo no combate ao crime, os policiais cumprem o expediente fazendo treinamentos, cursos e assistindo palestras. Parte das 30 motos ainda funciona, no entanto, estes veículos são utilizados apenas como apoio e não podem, por exemplo, transportar presos.

A maioria das viaturas está com bastante tempo de uso, já que são do modelo 2002. Algumas mais novas, ano 2010, mas devido ao ritmo de trabalho do Choque, que transita por terrenos irregulares, geralmente em alta velocidade, os veículos acabam se desgastando rapidamente e precisam de constante manutenção nas partes elétrica e mecânica.

Recentemente policiais se envolveram em dois acidentes causados, possivelmente, pelas más condições dos veículos, segundo policiais que pediram para não se identificar. Em um dos casos, no dia 23 de julho, a viatura tombou na região da Orla Morena, na esquina com a Rua Antônio Maria Coelho, no Centro. Um dos cinco militares ocupantes se feriu. A equipe seguia para atendimento de uma ocorrência de roubo que resultou na morte de um policial.

Em outro caso mais recente, no dia 19 de agosto, outra viatura se envolveu em acidente durante diligências. Os policiais perseguiam uma dupla de moto que havia cometido uma tentativa de roubo. Na Rua Maroajara, no Jardim Bálsamo, o veículo capotou. Um policial teve escoriações. Apesar do susto, um dos bandidos foi preso.

O Batalhão de Choque também atua nos casos de conflito ou despejo. Ontem, por exemplo, o despejo de sem-terra às margens dos trilhos só contou com viatura normal da PM. Eles também atuam nas ações para reprimir rebeliõies em presídios.

A assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), órgão responsável pela gestão da PM em Mato Grosso do Sul, foi procurada desde ontem e disse que daria um retorno sobre o assunto até o final desta manhã. No entanto, não houve respostas.

O titular da Sejusp, Wantuir Jacini, também foi procurado, mas não atendeu às ligações, que foram feitas desde terça-feira.

Sem viaturas, pátio do Batalhão de Choque está sem veículos
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