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Capital

Ainda sem resposta sobre vacina, motoristas de ônibus cogitam paralisação

Categoria afirma que 10 trabalhadores já morreram e cerca de 180 foram infectados

Clayton Neves | 13/04/2021 09:16
Motorista usando adesivo pedindo "vacina já para os trabalhadores do transporte coletivo". (Foto: Kísie Ainoã)
Motorista usando adesivo pedindo "vacina já para os trabalhadores do transporte coletivo". (Foto: Kísie Ainoã)

Um dia depois de protestarem pela inclusão na prioridade da vacina contra a covid-19, trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande ainda aguardam posicionamento sobre a reivindicação. Segundo representantes da categoria, os trabalhadores não descartam paralisação do serviço caso uma definição não seja tomada nesta semana.

“Vamos dar o prazo de uma semana, até porque, a gente tem acompanhado na mídia que não tem vacina. Se não nos derem pelo menos uma satisfação, vamos nos reunir para ver o que cabe e não descartamos uma paralisação”, explica Willian Alves, diretor-financeiro do STTU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano) da Capital.

Segundo ele, a Capital pode também aderir à paralisação nacional marcada para o próximo dia 20. “O poder público está deixando a desejar em diversas cidades do País, por isso, vários lugares se juntaram e decidiram parar”, conta.

Em Campo Grande, novos ofícios retratando a realidade dos profissionais e pedindo inclusão na prioridade da vacina foram encaminhados para o Governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.

Willian afirma que desde o início da pandemia, 10 motoristas já morreram por complicações do novo coronavírus em Campo Grande. Além disso, cerca de 180 dos 900 trabalhadores já foram infectados pelo vírus. “Nós temos contato diário com milhares de pessoas, não podemos ficar abandonados”, completa.

Protesto - Nesta segunda-feira (12), trabalhadores do transporte público aderiram a um item a mais no uniforme. um adesivo escrito “Vacina Já” no braço. O objetivo foi chamar atenção do poder público para a categoria e cobrar inclusão nos grupos prioritários da vacinação contra covid-19.

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