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Capital

Após chuva, moradora perde geladeira onde guardava picolés para vender

A Rua Projetada foi a mais atingida do bairro pela falta de estrutura, conforme moradores

Por Viviane Oliveira e Antônio Bispo | 12/04/2024 10:04

A chuva forte registrada na tarde de ontem (11) alagou casas, comércios e deixou prejuízos aos moradores, principalmente no Bairro Portal Caiobá II, em Campo Grande. A dona de casa Rosimeire Rodrigues da Paz, de 42 anos, moradora da Rua Projetada, perdeu a geladeira que armazenava picolés para a venda. "A casa alagou tudinho, a minha cozinha está cheia de água, está estragando tudo as minhas coisas, eu não sei mais o que fazer. Por favor, alguém pode me ajudar". Assista, acima, ao vídeo.

Ela disse que não sabe o que vai fazer daqui para frente. O dinheiro do geladinho era usado para comprar remédios. A imagem gravada por câmera de celular mostra a moradora com balde tentando tirar a água de dentro do imóvel. Uma poça de lama se formou na rua e havia muito barro nas calçadas.

Buraco aberto na sala para escoar a água que invadiu casa (Foto: Antonio Bispo)
Buraco aberto na sala para escoar a água que invadiu casa (Foto: Antonio Bispo)

A Rua Projetada fica localizada aos fundos de um condomínio particular na região. Conforme Wesley Neres, de 48 anos, presidente da associação dos moradores do bairro, a situação da via sempre foi ruim. Há cerca de 2 meses, a prefeitura cascalhou a via com parte mais elevada para a água escoar pela Rua Mangaba. Porém, ontem não teve jeito e as casas foram alagadas. “Os vizinhos perderam muitos móveis”, disse.

Por volta das 22h, os moradores abriram buraco no muro de uma das residências para que a água escorresse para o quintal e os moradores pudessem dormir tranquilos. “Isso foi provisório, a prefeitura precisa encontrar uma maneira de fazer a água escoar para alguma rede de drenagem”, destacou.

Situação da Rua Projetada nesta manhã (Foto: Antonio Bispo)
Situação da Rua Projetada nesta manhã (Foto: Antonio Bispo)

Mãe de dois filhos, Luci Moreira Costa, de 40 anos, também teve prejuízo. Ela faz bicos e atualmente a renda da família se baseia no salário da filha, menor aprendiz. “O meu auxílio foi cortado há 2 meses e ainda não sei o porquê”, contou. Ela perdeu guarda-roupa e cômoda. Buraco foi aberto na parede da sala para tentar amenizar o prejuízo. “A água já tinha invadido a minha casa, mas ontem foi a pior em 7 anos que moro aqui”.

A 350 metros dali, na Rua Cachoeira do Campo, proprietária de pet shop, Daiana Marçal, de 32 anos, teve a loja invadida pela água e perdeu uma balança que pesava animais. O equipamento queimou e o prejuízo foi em torno de R$ 1,8 mil. “Sempre que chove forte, a água fica acumulada na rua, em frente à loja, ou parava na calçada, nunca havia entrado na loja”, lamentou.

Wesley apontando os danos causados pela chuva (Foto: Antonio Bispo)
Wesley apontando os danos causados pela chuva (Foto: Antonio Bispo)

A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que houve pontos de alagamentos nas vias não pavimentadas, como no Portal Caiobá, onde equipes já começaram a trabalhar para possibilitar o escoamento da água da chuva.

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