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Capital

Atropelamento mata homem que estava sentado em rua do Zé Pereira

Conhecido como ‘Zé Bonitinho’, Enéias Rodrigues foi atingido a sete quadras de casa; carro é periciado

Por Gabi Cenciarelli e Raíssa Rojas | 27/09/2025 12:10


RESUMO

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Homem de 47 anos morreu após ser atropelado por um Fiat Uno branco na madrugada de sábado (27), no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. Enéias Rodrigues Ferreira, conhecido como "Zé Bonitinho", foi atingido a sete quadras de sua residência e o motorista fugiu sem prestar socorro. A vítima, que tinha sequelas de meningite e morava com a mãe idosa há mais de 30 anos, não resistiu após sofrer parada cardiorrespiratória na Santa Casa. A Polícia Civil investiga o caso e realizará perícia em um veículo suspeito. Câmeras de segurança registraram o atropelamento.

Enéias Rodrigues Ferreira, de 47 anos, conhecido como “Zé Bonitinho” no bairro Zé Pereira, em Campo Grande, morreu horas depois de ser atropelado por um Fiat Uno branco cujo motorista fugiu sem prestar socorro. O acidente ocorreu por volta das 0h30 deste sábado (27) na Rua Edimundo de Almeida, esquina com a Rua Toró. Câmeras de segurança registraram toda a ação, que está sendo investigada pela Polícia Civil.

A vítima, que morava há mais de 30 anos na região com a mãe idosa, foi atingida a apenas sete quadras de onde vivia. Levada para a Santa Casa, sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Nas imagens, é possível perceber Enéias na rua, aparentemente sentado, quando o Uno aparece e atinge a vítima. Em seguida, o motorista reduz a velocidade, mas não desce para prestar socorro. No final, o motorista deixa o local.

Atropelamento mata homem que estava sentado em rua do Zé Pereira
Enéias Rodrigues Ferreira, conhecido no Zé Pereira (Foto: Reprodução)

O irmão Fernando Rodrigues Ferreira contou que Enéias ficou com sequelas de meningite na infância, era analfabeto e não conseguiu concluir os estudos. “Ele começou a estudar antes de mim; eu terminei o ensino médio, mas ele não conseguiu. Era minha mãe quem cuidava dele porque ele era alcoólatra. Mas, antes desse vício, ele ajudava a cuidar dos meus filhos; sempre que eu precisava ir ao médico ou trabalhar, eu os deixava com ele”, relatou.

Emocionado, Fernando disse confiar na investigação, mas não escondeu a indignação. “A revolta fica, mas eu ponho na mão de Deus e da Polícia Civil que vai investigar e vai achar quem fez isso. Não quero nada, quero a justiça de Deus. Ele vai julgar o que fizeram com meu irmão, porque ele não merecia isso”, afirmou.

Para ele, o atropelamento expõe um descaso com vidas na periferia. “Não é porque ele é pobre da periferia que vão atropelá-lo e deixá-lo jogado. Até quando atropelo um cachorro, eu paro e pago no cartão. Ele não tinha guerra nem briga com ninguém”, desabafou.

Atropelamento mata homem que estava sentado em rua do Zé Pereira
Fernando Rodrigues Ferreira, emocionado com a morte do irmão (Foto: Henrique Kawaminami)

Conhecido por circular pelo bairro com um carrinho de compras catando latinhas, Enéias era querido por vizinhos e familiares. O apelido “Zé Bonitinho” virou marca de sua presença. “Ele não fazia mal para ninguém, era muito bom de coração, ajudou a criar meus filhos”, reforçou Fernando.

Parentes e vizinhos descrevem Enéias como um homem tranquilo e querido. A ex-cunhada Maria Isabel de Jesus Pereira, 46, diz que “Zé Bonitinho” era presença constante nas ruas com um carrinho de compras e que “ninguém acredita até agora no que aconteceu”.

Já a sobrinha Janaina Ferreira, 30 anos, contou que ele era muito próximo da família e voltava todos os dias nesse horário para a casa da avó. “Amor pelo próximo ele sempre teve. Muitos valores bons. Difícil acreditar que aconteceu isso. Minha vó é idosa, só tinha ele que morava com ela”, resumiu.

Atropelamento mata homem que estava sentado em rua do Zé Pereira
Local onde Edmundo foi atropelado, na Rua Edimundo de Almeida (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo os familiares, o Uno branco chegou a parar sobre a calçada após o impacto, mas o motorista fugiu. A Polícia Civil deve usar as imagens das câmeras e a perícia no veículo suspeito para identificar o responsável pelo atropelamento.

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