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Economia

Banco Central adia lançamento do Pix parcelado para reforçar segurança

Atraso para entrar em vigor, estimado em até três meses, ocorre em meio a golpes e vazamento de dados

Por Ângela Kempfer | 27/09/2025 13:53
Banco Central adia lançamento do Pix parcelado para reforçar segurança
Consumidor entra em plataforma para usar o PIX (Foto: Dibulgação Banco Central)

O Banco Central decidiu adiar a regulamentação do Pix parcelado, funcionalidade que permitiria dividir pagamentos de forma semelhante a um empréstimo, mas com liberação imediata dos recursos ao recebedor. O lançamento estava previsto para setembro, mas foi postergado em meio a uma série de ataques cibernéticos e investigações que revelaram desvios milionários ligados ao sistema financeiro.

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O Banco Central adiou o lançamento do Pix parcelado, previsto para setembro, em resposta a recentes ataques cibernéticos e desvios milionários no sistema financeiro. A regulamentação será divulgada em outubro, e o manual do usuário em dezembro, com atraso estimado de três meses.A decisão visa reforçar medidas de segurança contra fraudes, incluindo aquelas envolvendo instituições financeiras ligadas a organizações criminosas. Entre as novas medidas estão a limitação de R$ 15 mil por transação e a obrigatoriedade de rejeição de operações suspeitas.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o regulamento do Pix parcelado deve ser divulgado apenas em outubro e o manual de experiência do usuário ficará para dezembro. O atraso, estimado em até três meses, ocorre em meio ao reforço das medidas de proteção contra fraudes, inclusive aquelas que envolveriam participação de instituições financeiras associadas a facções criminosas, como o PCC.

O produto foi concebido para padronizar operações de crédito já existentes via Pix. Nesse modelo, o consumidor contrata um financiamento junto ao banco no ato da compra e pode parcelar o valor, enquanto o vendedor recebe o dinheiro à vista.

Nos últimos anos, o BC se destacou por uma agenda de inovação que incluiu o lançamento do Pix em 2020, o avanço do Open Finance e os testes com o Drex, a moeda digital brasileira. No entanto, a prioridade atual é reforçar a segurança e fechar brechas exploradas pelo crime organizado.

Ainda segundo O Globo, entre as medidas recentes estão a limitação de R$ 15 mil por transação para instituições de pagamento sem licença, a obrigatoriedade de rejeição de operações com indícios de fraude e o endurecimento das regras para provedoras de tecnologia que interligam instituições menores ao sistema do BC.

Especialistas avaliam que as mudanças representam, no curto prazo, um freio na inovação e um aumento de custos para bancos e fintechs. A expectativa, porém, é que a correção de rota torne o sistema mais resiliente e permita avanços mais sólidos no futuro.