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Economia

Entrega da Rota da Celulose a consórcio deve ocorrer em janeiro

Segundo governador, falta a regularização da situação das rodovias envolvidas, incluindo trechos da União

Por Maristela Brunetto e Fernanda Palheta | 05/12/2025 12:21
Entrega da Rota da Celulose a consórcio deve ocorrer em janeiro
Segundo Riedel, consórcio selecionado deve assumir Rota da Celulose no final de janeiro (Foto: Paulo Francis)

O Governo do Estado terá que adiar para o começo de 2026 a publicação do contrato e repasse da Rota da Celulose para o consórcio vencedor da concessão. Após leilão na B3, em São Paulo, houve a desclassificação do grupo empresarial melhor colocado e, no final de setembro, foi homologado o Consórcio Caminhos da Celulose, formado pelas empresas XP Infra V Fundo de Investimento em Participações, CLD Construtora, Laços Detentores e Eletrônica Ltda., Construtora Caiapó Ltda., Ética Construtora Ltda., Distribuidora Brasileira de Asfalto Ltda., Conter Construções e Comércio S.A. e Conster Construções e Terraplanagem Ltda.

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O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul adiou para janeiro de 2026 a entrega da Rota da Celulose ao consórcio Caminhos da Celulose, formado por diversas empresas. A homologação ocorreu após a desclassificação de um grupo empresarial. O consórcio assumirá a operação de mais de 900 quilômetros de rodovias, com investimentos de R$ 6,9 bilhões. A concessão terá duração de 30 anos e incluirá a construção de praças de pedágio em cidades estratégicas, além de diversas obras de infraestrutura, como duplicações e acostamentos. A K Infra Concessões, excluída do certame, busca reverter a decisão judicialmente, apresentando novos pedidos ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

A ideia inicial era que, até o final de novembro, fosse constituída uma SPE (Sociedade com Propósito Específico) e fossem cumpridas outras etapas burocráticas, como contratação de seguro e abertura de conta corrente, para o início da operação. Esta manhã, o governador Eduardo Riedel informou que o consórcio está na fase de arrolamento de todos os bens que irá assumir, no caso, trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR-267, e que a oficialização virá assim que essa etapa for vencida. “Isso vai acontecer no final de janeiro”, disse. “Aí, a gente já assina e eles já assumem a operação dos mais de 900 quilômetros”.

O consórcio excluído do certame não se conformou com a decisão do Governo. Inicialmente, a K Infra Concessões e Participações Ltda. ingressou com um mandado de segurança no Fórum de Campo Grande para tentar anular a exclusão do consórcio que integrou na disputa, o K&G Rota da Celulose. Ela apresentou a qualificação técnica para participar do certame, no caso a concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, que depois foi cassada pela União por descumprimento de regras contratuais, situação que também foi parar na Justiça.

Como o magistrado da ação em Campo Grande determinou que fosse alterado o polo passivo, para inclusão do secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, a empresa desistiu da demanda em primeiro grau e apresentou ontem o mesmo pedido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que tem a competência de julgar esse processo envolvendo secretários. O pedido da empresa será julgado na 2ª Seção Cível, tendo como relator o juiz convocado Fábio Possik Salamene.

A concessão terá duração de 30 anos para gestão de 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões — sendo R$ 3,2 bilhões correspondentes a custos operacionais. O projeto prevê praças de pedágio em cidades estratégicas, como Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

As obras incluem 146 quilômetros de duplicações, 457 quilômetros de acostamentos, 245 quilômetros de terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e 38 quilômetros de contornos urbanos. Também estão previstos 62 dispositivos em nível, 4 em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 m² em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha contará com acostamentos.