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Capital

Bernal não irá renovar com a Itel e deve analisar contrato com a Solurb

Michel Faustino | 28/08/2015 18:20
Bernal afirmou que todos os contratos serão analisados. (Foto: Vanessa Tamires)
Bernal afirmou que todos os contratos serão analisados. (Foto: Vanessa Tamires)

O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou na tarde de hoje (28) após entrevista coletiva no Paço Municipal, que não irá renovar o contrato com a empresa Itel Informática, que vence no dia 18 de setembro. A empresa é responsável pelo gerenciamento da administração municipal e está sendo investigada pela Policia Federal por envolvimento em esquema criminoso para desvio de recursos. O progressista revelou ainda que pretende reavaliar o contrato com a empresa CG Solurb, responsável pela coleta e destinação do lixo na cidade .

Segundo Bernal, o contrato com a Itel não será renovado, e todo o serviço que é prestado pela empresa passará a ser prestado pelo IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação).

“ A gente não vai renovar e o IMTI vai tomar conta de tudo. Tem todas as condições para isso e será uma forma do município conduzir os serviços, sem problema algum”, disse o prefeito.

No dia 15 deste mês, o então secretário de Governo Paulo Matos, declarou que a suspensão imediata do contrato de prestação de serviço de informática traria prejuízos irreparáveis à arrecadação do município e ao atendimento aos cidadãos, uma vez que, trata-se de um “sistema imprescindível à operação dos sistemas contábil, financeiro, orçamentário, de receita, saúde e educação”.

Solurb – Já quanto ao contrato com a CG Solurb, Bernal disse que, em um primeiro momento, está descartada a possibilidade de suspensão, no entanto, os valores devem ser revistos.

“Não podemos mexer porque é um serviço essencial para a população, mas com a certeza vamos rever isso [contrato]”, disse ao deixar a sala de reuniões.

O pagamento mensal da prefeitura de Campo Grande ao consórcio CG Solurb, que venceu licitação bilionária para gestão do lixo, dobrou entre os anos de 2012 e 2015. Há três anos, o montante pago por mês tinha média de R$ 4,3 milhões. Em 2015, saltou para média mensal de R$ 9,7 milhões. O valor ainda sofre variação a maior caso sejam executados serviços extras, como limpeza de cemitérios e da Cidade do Natal.

Uma das empresas do consócio, a LD Construções é alvo da operação Lama Asfáltica, que investiga esquema entre empreiteiras e servidores para fraudes em licitações. A variação de capital social colocou a empresa na mira da Receita Federal, que participou da ação em parceria com a PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União).

Em novembro de 2012, a prefeitura anunciou que o pagamento mensal ao consórcio seria de R$ 4,3 milhões. À época, o último quantitativo de produção de resíduos era de 2011 e apontava 650 toneladas por dia. Atualmente, são recolhidas 800 toneladas. O volume coletado cresceu 23%, mas o valor pago saltou 125% em três anos.

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