Caminhoneiros continuam greve pelo 4º dia e já são 30 pontos bloqueados
O protesto não impede a passagem de carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Apenas motoristas de caminhões e carretas são convidados a parar
Pelo 4º dia consecutivo, o protesto dos caminhoneiros contra o aumento do diesel provoca transtorno e desabastecimento de combustíveis em alguns postos de Mato Grosso do Sul. A mobilização, que começou a repercutir no domingo (20), continua nesta quinta-feira (24) em todo o país.
O protesto não impede a passagem de carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Apenas motoristas de caminhões e carretas são convidados a parar. A cada dia aumenta os pontos de interdição no Estado. Ontem, era 22 e hoje já são cerca de 30, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). A polícia recomenda, se possível, que condutores adiem suas viagens.
Na BR-163, por exemplo, há interdição em Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256 e 266), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462 e 477), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618) e Rio Verde de Mato Grosso (km 678).
A instabilidade no preço da gasolina, assim como o receio de tanques vazios nos próximos dias, gerou filas e lotou postos da Capital. Em duas unidades do grupo APN, nos bairros Autonomista e Monte Líbano, a gasolina comum acabou por volta das 20h30 de ontem (24). A paralisação também pode provocar desabastecimento de medicamentos nas farmácias.
Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.