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Cidades

Capital pode ter Porto Seco junto ao Terminal Intermodal de Cargas

João Humberto | 10/12/2010 22:53
Foto: David Majella.
Foto: David Majella.

A prefeitura de Campo Grande encaminhou à Receita Federal a publicação de análise preliminar para implantação de um Porto Seco junto ao Terminal Intermodal de Cargas na Capital.

O documento foi entregue na semana passada para análise à superintendência da Receita Federal em Brasília (DF) pelo delegado da Delegacia da Receita Federal em Campo Grande, Edson Ishikawa.

O delegado explica que a partir de agora será feito um estudo de viabilidade da implantação do Porto Seco pela Receita Federal para, no caso de aprovação do projeto, serem iniciadas as licitações e em seguida o alfandegamento.

A Delegacia da Receita Federal em Campo Grande também vai estudar a análise entregue pela prefeitura como forma de complementar as informações sobre as características locais que podem favorecer a implantação do Porto Seco.

Para Ishikawa, o mais importante é que a união entre a vontade do poder público, interesse dos empresários e mobilização da sociedade facilita a aprovação do projeto de um Porto Seco em Campo Grande.

O parecer da Superintendência Nacional da Receita Federal ainda não tem data de emissão. O documento que contém a análise preliminar tem aproximadamente 300 páginas e contextualiza a importância da economia agropecuária de Mato Grosso do Sul para o Brasil, apresentando as principais características da produção estadual e indicadores econômicos.

Segundo o documento, Mato Grosso do Sul apresenta expressivo intercâmbio comercial com o mercado interno (com as regiões Sudeste e Sul do país) e com o mercado externo por meio de importações e exportações de volume expressivo. Grande parte tem origem e destino ao município de Campo Grande, principal pólo econômico do estado, responsável por 53% da arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A implantação do Porto Seco é fundamental para a complementação das atividades no Intermodal de Cargas, que irá viabilizar conexão entre duas ou mais modalidades de transporte, proporcionando transferência de cargas com maior eficiência e rapidez.

Portanto o alfandegamento do terminal otimiza toda esta atividade e ainda é de vital importância para o problema de diversos portos secos brasileiros: o congestionamento que causa perdas diversas aos produtores de cargas perecíveis, por exemplo.

O documento ainda traz análises sobre agricultura, pecuária, mineração, bioenergia e desenvolvimento industrial de Mato Grosso do Sul como um todo, bem como perspectivas para o setor, dados socioeconômicos e atual infraestrutura de transportes. Há ainda o detalhamento de dados que comprovam os benefícios da implantação de um porto seco para o setor produtivo. (Com informações da assessoria).

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