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Capital

Casos de microcefalia investigados em MS aumentam após duas semanas

Natalia Yahn | 06/04/2016 09:53

Mato Grosso do Sul tem 18 notificações de microcefalia investigados, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em um novo boletim divulgado ontem (5), o número de casos que era estável - com 17 notificações - há 15 dias, aumentou. Do total de registros dois foram confirmados, cinco continuam sob investigação e outros 11 foram descartados, ou seja.

Os dois bebês que tiveram microcefalia confirmada apresentaram alterações típicas indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, e outros sinais clínicos observados por método de imagem ou identificação do vírus zika em testes laboratoriais. Em todo o País foram confirmados 82 casos de zika, por critério laboratorial específico, ou seja, exame de sangue.

O Ministério informou que os 11 casos foram descartados por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas. Nos boletins divulgados nos dias 22 e 29 de março, Mato Grosso do Sul manteve o número de notificações em 17, com dois casos confirmados e 11 descartados.

País - Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, até 2 de abril – foram 6.906 notificações em 1.307 municípios em todos os estados.

Dos casos já concluídos, 1.814 já foram descartados e 1.046 foram confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Destes, 170 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika. Nestes casos, foi realizado exame laboratorial específico para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Até o dia 2 de abril, foram registrados 227 óbitos (fetal ou neonatal) suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 51 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 148 continuam em investigação e 28 foram descartados.

O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika e chikungunya -, com a eliminação de criadouros, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos.

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