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Capital

CCR mantém obra no anel rodoviário após polêmica; duplicação só em 2017

Antonio Marques | 03/07/2015 12:53
O prefeito Gilmar Olarte disse hoje de manhã que as intervenções da CCR MSVia no macroanel da Capital não pode causar prejuízos (Foto: Marcos Ermínio)
O prefeito Gilmar Olarte disse hoje de manhã que as intervenções da CCR MSVia no macroanel da Capital não pode causar prejuízos (Foto: Marcos Ermínio)
As obras de fixação de guard rails nas laterais do macroanel da BR-163, na Capital, vão continuar desde que não feche os acessos à rodovia (Foto: Marcos Ermínio)
As obras de fixação de guard rails nas laterais do macroanel da BR-163, na Capital, vão continuar desde que não feche os acessos à rodovia (Foto: Marcos Ermínio)

As obras de duplicação do trecho de 25 quilômetros da BR-163, que corta Campo Grande, ligando as saídas de Cuiabá e São Paulo, devem iniciar em 2017, porém a falta de informação do projeto executivo e as intervenções de segurança na pista têm causado preocupação nos comerciantes e empresários, que empregam cerca de 15 mil pessoas. Neste ano, já ocorreram 107 acidentes, com 64 vítimas ao longo do macroanel.

Na manhã de hoje, o prefeito Gilmar Olarte (PP) disse, em entrevista coletiva, que a prefeitura só vai autorizar as intervenções após o diálogo entre as partes interessadas na obra. Segundo o prefeito, a prefeitura ainda não concedeu a GDU (Guia de Diretrizes Urbanística) porque ainda não tem o projeto executivo, que demonstra como serão feitas as intervenções, os retornos, as vias laterais.

De acordo com Gilmar Olarte, os comerciantes, empresários e moradores da região do macroanel podem ser prejudicados, caso não aconteçam alterações no projeto original apresentado pela CCR MSVia, que prevê apenas quatro alças de acesso no trecho. “Quando estiver pronto o projeto de execução que contemple toda a região, aí sim vamos fornecer a autorização e as licenças necessárias para início das intervenções”, declarou.

Originalmente estão previstos pontos de acesso em frente ao shopping Bosque dois Ipês, na saída para Cuiabá, um na saída para Três Lagoas (Bairro Maria Aparecida Pedrossian), um terceiro na MS-040 (Três Barras) e o último na saída para São Paulo.

Diferente disso, o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) e a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) realizaram estudos e detectaram que serão necessários mais seis pontos para facilitar as transposições na via, passando para dez alças e mais um ponto de transposição no Distrito de Anhanduí.

Com os estudos da Seintrha, foi detectada a necessidade de pontos na região do Parque Bálsamo, avenida Guaicurus, Uniderp Agrárias, Taquaral, entrada e saída para o Residencial Dhama e no encontro com o anel Norte, saída para Rochedo. Também haverá necessidade de mais um ponto de transposição em Anhanduí, onde está prevista a implantação de apenas uma alça de acesso.

No local em que o prefeito recebeu a imprensa para a entrevista, a CCR MSVia está realizando a colocação de guard rails em uma curva acentuada próximo ao Bairro Noroeste, bem em enfrente à concessionária de caminhões da Scania. O diretor de Relações Institucionais da CCR MSVia, Claudeir Alves Mata, lembrou que as obras no local nada teria a ver com a duplicação da pista, "apenas eram necessárias para garantir a segurança da via atual, por ser o local muito perigoso e com alto índice de acidentes”, afirmou.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), em 2015 foram registrados 107 acidentes no trecho da BR 163, que faz parte do macroanel da Capital. Desse total, 64 com vítimas. O inspetor Tércio Baggio afirmou que os guard rails seriam “extremamente importante para garantir a segurança dos motoristas.”

Durante uma uma rápida conversa no local entre o prefeito e o diretor da CCR MSVia, ficou acertado a continuidade da colocação dos guard rails para melhorar a segurança da rodovia. Claudeir da Mata disse a Gilmar Olarte que não poderia suspender a obra. Com o aceite do secretário municipal de Infraestrutura Valtemir de Brito, Gilmar Olarte concordou com o representante da CCR, desde que não seja fechado qualquer acesso à pista.

Para Claudeir da Mata, ao longo dos 25 quilômetros do macroanel da Capital, estão previstas várias intervenções para garantir a segurança na rodovia, por conta da existência de acessos irregulares, que tem causado acidentes. “São medidas paliativas com o obejtivo de evitar morrer gente. Todas as obras foram autorizadas pela prefeitura”, lembrou o diretor.

O gerente geral da concessionária de caminhões, Fábio Rezende, disse que a colocação dos guard rails vai contribuir com a segurança no local, por conta do intenso trânsito de caminhões que acessam o aterro de entulhos do Bairro Noroeste. “Essa intervenção vai melhorar a entrada e saída da rodovia. Acertamos que vai ficar um acesso para entrar na via e outro para sair. Com isso teremos mais segurança”, explicou.

Outro empresário da região, Noli Alécio, também aprovou a colocação dos guard rails, da forma como ficou negociado com a empresa CCR. Segundo ele, a preocupação maior é com o projeto original da duplicação da pista, que prevê o fechamento total dos acessos que existem atualmente. “É normal a empresa apresentar um projeto inicial. Agora, nós, os interessados e impactados pela obra, devemos apresentar as propostas para reduzir ao máximo possíveis prejuízos para a cidade”, comentou.

No próximo dia 8, o prefeito, vereadores e empresários participam de outra reunião em Brasília com representantes da CCR MSVia e o secretário especial do Ministério dos Transportes, Edson Girotto, para continuar o debater do projeto executivo e as possibilidades de alterações.

Para concretizar o projeto do Planurb, são estimados investimentos de R$ 350 milhões nas intervenções seguindo o projeto do Instituto Municipal, valor que deve ser maior de acordo com a fala do secretário, Edson Girotto, na reunião realizada nessa quinta-feira, 2, em Brasília, conforme Olarte.

De acordo com a empresa CCR MSVia existem vários pontos de acessos irregulares no macroanel da BR 163, na Capital, que necessitam ser fechados para garantir a segurança da pista (Foto: Marcos Ermínio)
De acordo com a empresa CCR MSVia existem vários pontos de acessos irregulares no macroanel da BR 163, na Capital, que necessitam ser fechados para garantir a segurança da pista (Foto: Marcos Ermínio)
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