Choque nega participação de ex-PM condenado na criação do batalhão
Defesa de Márcio Vilassanti Romero usou argumento para evitar que ex-PM fosse transferido para Casa do Albergado
A citação de que o ex-PM Márcio Vilassanti Romero teria participado do processo de criação do Batalhão de Choque causou estranhamento entre oficiais. A informação é que Romero não teve qualquer envolvimento com a mudança, ocorrida em setembro de 2013.
O subcomandante do Batalhão de Choque, Capitão Rocha, disse que “não há qualquer ligação” entre Márcio Vilassanti e a mudança.
A criação do Batalhão de Polícia de Choque ocorreu no dia 6 dde setembro de 2013, em solenidade de comemoração aos 178 anos da Polícia Militar, assinada pelo então comandante da PM, Coronel Carlos Alberto David dos Santos.
Pelo decreto, foram criados três novos batalhões: BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito), o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).
Desde a criação até agora, de acordo com subcomandante, Márcio Vilassanti Romero não ocupou qualquer função de comando no batalhão.
O envolvimento na criação e no comando do Batalhão de Choque foi usado pela defesa do ex-PM para justificar o pedido de prisão domiciliar, em substituição à transferência para a Casa do Albergado.
A pena em regime aberto é cumprida há mais de um e ano e meio, próximo a obter o livramento condicional. A prisão domiciliar e o monitoramento eletrônico foram autorizados pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal, Albino Coimbra Neto. A defesa do ex-oficial não foi encontrada para comentar o caso.
Em 2009, Márcio Villasanti foi condenado a 14 anos de prisão por crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Os crimes aconteceram em Jardim, a 233 km de Campo Grande, no dia 9 de fevereiro de 2003, quando era major da Polícia Militar. À época, a vítima tinha 24 anos.