Condomínio de 31 torres vai gerar R$ 3,8 milhões em impostos para a Capital
Estudo de Impacto prevê chegada de 1,3 mil moradores e aponta reflexos no trânsito da Avenida Guaicurus

O bairro Universitário, em Campo Grande, deve ganhar um novo vizinho de peso: o condomínio Castelo de Roma, projeto da MRV Prime Incorporações, que prevê a construção de 31 torres residenciais e 496 apartamentos na Avenida Guaicurus, esquina com a Rua Mariazinha Maravieski.
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Um novo empreendimento residencial da MRV Prime Incorporações está em análise pela Prefeitura de Campo Grande. O Castelo de Roma, previsto para o bairro Universitário, contará com 31 torres, 496 apartamentos e área construída de quase 24 mil m², incluindo áreas de lazer como piscina e espaço gourmet. O projeto, que deve atrair cerca de 1,3 mil novos moradores, promete aquecer o comércio local e gerar R$ 3,8 milhões em tributos. Contudo, o Estudo de Impacto de Vizinhança alerta para possível sobrecarga nos serviços públicos da região. Uma audiência pública será realizada em 31 de outubro para discutir o empreendimento.
O empreendimento, em análise pela Prefeitura, já tem EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) publicado e será tema de audiência pública no dia 31 de outubro, às 18h, na sede da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano).
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Segundo o estudo, o condomínio terá área construída de quase 24 mil m², com piscina, salão de festas, espaço gourmet, pet place e até área de piquenique. Cada apartamento terá direito a uma vaga de garagem e o projeto soma 586 vagas para carros, motos, bicicletas e visitantes.
A chegada de cerca de 1,3 mil novos moradores deve aquecer o comércio local, gerar empregos e elevar a arrecadação de impostos. A estimativa é de até R$ 3,8 milhões em tributos, entre ISS (Imposto Sobre Serviços) da obra, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis). Por outro lado, o estudo alerta para maior pressão sobre escolas, postos de saúde e transporte público da região, além do impacto no trânsito da Avenida Guaicurus e das ruas vizinhas.
No quesito ambiental, o EIV aponta que o condomínio ocupará área hoje considerada “vazio urbano”, com exigência de manter 30% do terreno permeável para absorção de água. Simulações mostram que as torres não devem causar sombreamento excessivo em imóveis vizinhos nem prejuízo relevante à ventilação local.
Embora compatível com o zoneamento urbano, o projeto mexe com a rotina de quem mora no entorno. O estudo registra que o bairro Universitário tem população de 21,7 mil habitantes e renda média familiar em torno de R$ 1,7 mil, perfil bem abaixo da clientela esperada para os novos apartamentos, que, segundo o documento, deve ser das classes B e C, com renda média acima de R$ 6 mil.
A audiência pública convocada pela Planurb será transmitida também pelo YouTube, e servirá para moradores e entidades opinarem sobre a obra. Para quem for participar presencialmente, será na Avenida Calógeras, 356 - Vila Santa Dorotheia.
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