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Capital

Criança afogada pelo pai foi colocada na água enquanto dormia

Preso, o pai da criança contou que cometeu o crime para se vingar da ex-mulher

Kerolyn Araújo e Clayton Neves | 20/09/2019 09:41
Evaldo matou o filho afogado em uma bacia. (Foto: Reprodução)
Evaldo matou o filho afogado em uma bacia. (Foto: Reprodução)

Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de apenas 2 anos, morto afogado pelo próprio pai Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, foi colocado dentro da bacia enquanto dormia. O crime ocorreu na tarde de ontem (19) no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Em depoimento ao delegado Leandro Costa de Lacerda Azevedo, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Evaldo contou que almoçou com a mãe e, logo após, foi para casa sozinho com a criança.

Segundo relatado à polícia, ao chegar na residência, Evaldo colocou o filho para dormir e encheu uma bacia com água. A criança foi colocada no recipiente enquanto dormia. O pai confessou que pensou em segurar a cabeça do filho, mas desisitiu e deixou Miguel no local, até que ele se afogasse sozinho.

Evaldo relatou à polícia que desenvolveu depressão após ser supostamente traído pela ex-esposa e e que matou a criança porque queria machucar a mãe do menino.

Conforme o tenente-coronel do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Marcus Vinícius Pollet, Evaldo não demonstrou arrependimento ou qualquer outro sentimento de emoção. ''Ele só concordou em contar tudo depois que foi avisado de que, se colaborasse com as investigações, poderia receber benefícios da lei futuramente", disse.

O autor passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (20) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela juiza Vânia de Paula Arantes.

O caso - Após afogar o filho na bacia, Evaldo levou a criança para a Santa Casa. No local, ele contou que foi vítima de assalto e que os bandidos haviam sequestrado a criança e depois jogado no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel.

Funcionários do hospital desconfiaram da versão e acionaram a polícia. Ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, Evaldo mudou a versão, disse que havia sido traído pela ex-mulher e queria que ela sofresse.

Evaldo relatou que contou sobre a traição para um amigo e foi aconselhado a matar o filho para se vingar da ex. O suspeito disse que não tinha coragem, mas o rapaz afirmou que ajudaria. Ele teria mandado uma terceira pessoa buscar Evaldo e a criança na casa onde o suspeito morava, no bairro Aero Rancho. Eles seguiram para uma casa no Nhanhá, onde os dois homens teriam matado a criança afogada.

Depois, o rapaz mudou novamente a versão do crime e disse que agiu sozinho.

 

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