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Capital

Da cadeia, investigado por morte de delegado movimenta 53 milhões

A polícia ainda suspeita que o condenado seja associado a uma organização criminosa no MT

Viviane Oliveira | 02/08/2021 12:11
Fachada do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado. (Foto: Divulgação)
Fachada do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado. (Foto: Divulgação)

Preso em flagrante desde 2003 pela PF (Polícia Federal), por tráfico de drogas e suspeito de participação na execução de um delegado, Fernandes Ferreira Vilela, de 60 anos, movimentou de dentro da cadeia R$ 53 milhões. Ele foi indiciado, na última quinta-feira (29), por lavagem de dinheiro.

Segundo o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), o preso condenado a mais de vinte anos de prisão e suspeito de participação na execução do delegado Robson Benedito Maia, ocorrida em 1996, na Avenida Bandeirantes, ostenta, ao menos, três fugas do sistema prisional, uma delas do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande.

A polícia suspeita que o condenado faça parte de organização criminosa, responsável por um laboratório de refino de cocaína, no estado de Mato Grosso. Ainda conforme a investigação, num intervalo de 13 anos, o condenado com a ajuda de pessoas físicas e jurídicas, movimentou R$ 53.448.591,51, com aquisições de imóveis e automóveis de luxo.

Para isso, de acordo com a polícia, o preso utilizava-se de “laranjas” para dissimular o enriquecimento ilícito vindo do tráfico de entorpecentes.

O indiciado, conforme a investigação, não poupou nem a filha, menor de idade, ao registrar uma Land Rover/Evoque em seu nome. Ainda foram constatados por policiais da Dracco, outras 14 pessoas físicas e cinco empresas que lavavam dinheiro da organização criminosa desarticulada.

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