ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 24º

Capital

De alergia a alteração hormonal, veja riscos de consumir whey adulterado

Nutricionista fala sobre impactos do produto na saúde e traz dicas de como consumir corretamente o suplemento

Por Jéssica Fernandes | 09/12/2024 10:23
Scoop de whey, proteína isolada de matéria-prima como o leite. (Foto: Freepiik)
Scoop de whey, proteína isolada de matéria-prima como o leite. (Foto: Freepiik)

Qualquer pessoa a partir de 14 anos pode inserir o whey protein na dieta, mas diante de tanta marca adulterada no País, é preciso ter cuidado na hora de escolher. A nutricionista Giovana Messias chama a atenção para os riscos de consumir o produto impróprio e fala sobre a forma correta de utilizar o suplemento.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O consumo de whey protein é recomendado a partir dos 14 anos, mas é crucial escolher marcas confiáveis, pois muitas são adulteradas, contendo menos proteína que o anunciado ou ingredientes não declarados como soja ou açúcar em excesso. A nutricionista Giovana Messias alerta para os riscos à saúde, incluindo alergias e problemas digestivos ou hormonais, especialmente em pessoas com intolerância à lactose ou resistência à insulina. Embora o whey possa auxiliar no ganho de massa muscular e ser benéfico para idosos, sua utilização deve ser orientada por um nutricionista para determinar a necessidade e a dosagem adequada, evitando excessos que podem prejudicar os rins. Para evitar produtos adulterados, recomenda-se pesquisar preços em diferentes locais e desconfiar de ofertas muito abaixo do valor de mercado.

A Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais) reprovou 48 marcas de whey protein após realizar um teste que revelou que as marcas não ofereciam a quantidade de proteína informada nos rótulos.

A nutricionista explica que para além do erro na quantidade, existem outros fatores que tornam o produto impróprio. “Às vezes para baratear o produto, eles puxam da proteína de soja, ervilha, não vai ter proteína de boa qualidade. Em alguns casos colocam até mais açúcar para poder dar mais volume e baratear e isso não fica claro para quem está comprando”, diz.

O whey adulterado traz vários riscos à saúde, sendo um deles a alergia a algum componente que não está descrito no rótulo. Giovana comenta que, dependendo do produto, o consumidor pode sofrer outras complicações.

“Pessoas que têm resistência insulínica podem piorar por questão do excesso de açúcar, pessoas que não toleram muito bem a soja vão ter má digestão. Tem coisas que podem até alterar a parte hormonal em tireoide”, conta.

As marcas já têm opções de whey voltadas para as pessoas com intolerância à lactose, porém se a procedência do produto for duvidosa, esse público também corre riscos. “A pessoa intolerante tem dificuldade de quebrar a enzima, então é interessante que, pra mim, tenha uma quantidade certa na tabela, senão vou ter dor de cabeça, gases, barriga estufada”, cita.

Benefícios - Proteína isolada de matérias-primas, como o soro do leite, o whey protein ganha vários sabores dependendo da marca. Morango, baunilha, chocolate, cappuccino e torta de limão são alguns exemplos comercializados. Essas opções, segundo a nutricionista, deixam a fórmula mais saborosa. “As marcas colocam corantes, aromatizantes para ficar com o gosto mais agradável”, afirma.

A nutricionista comenta que a partir dos 14 anos, pessoas de todas as faixas etárias podem consumir a proteína isolada, inclusive as mais velhas. “Idoso pode tomar porque vai substituir carne, ovo e, às vezes, a bebida líquida é mais interessante”, fala.

Apesar dessa liberação, é importante que o suplemento não seja tomado por conta própria. É recomendável procurar um nutricionista, pois em alguns casos, o whey não é necessário já que a pessoa tem uma dieta rica em proteínas. “Às vezes a pessoa nem tem necessidade porque come ovo, queijo, leite de manhã. Aí ela almoça proteína, come proteína à tarde e à noite também”, esclarece.

Outra questão está relacionada à quantidade correta do produto, sendo isso mais critério que pode variar. “A proteína varia de 0,80 gramas por quilo de peso até 2,2 gramas, sendo individualizada para cada pessoa, sendo sedentário, paciente renal até atletas. O consumo excessivo pode prejudicar os rins”, frisa.

Liberado o consumo, o whey traz uma série de benefícios, principalmente, quando aliado a uma rotina de exercícios físicos.“Para quem treina, o whey tem leucina, que é um aminoácido que estimula o ganho de massa muscular, então é bem interessante. Algumas marcas têm a creatina junto e é um combo bom”, pontua.

Para evitar consumir marcas de procedência duvidosa, a nutricionista traz algumas dicas. “Sempre procure em três lojas diferentes, site oficial, dê uma olhada nas casas de suplemento de bairro e sempre desconfie de promoções onde no site oficial é R$ 200, mas no mercado está R$ 70”, declara.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias