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Capital

De medicamentos a escorpião, Civitox já fez 577 atendimentos este ano

Casos de intoxicação humana tem redução de quase 19%

Christiane Reis | 28/08/2016 12:17
Os casos envolvendo picadas de escorpião aparecem e, segundo lugar. (Foto: Arquivo)
Os casos envolvendo picadas de escorpião aparecem e, segundo lugar. (Foto: Arquivo)

No primeiro semestre deste ano o Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica) registrou 577 casos de intoxicação humana, um número 18.73 % menor que o registrado no mesmo período de 2015,quando 710 casos chegaram ao conhecimento do centro. Os casos envolvendo ingestão de medicamentos, por automedicação, erro na dosagem ou até mesmo tentativas de suicídio, lideram o ranking de ocorrências. Este ano foram 149 casos, enquanto em 2015 foram 203. Os números são relativos a todo Estado.

Os casos de picadas de escorpião aparecem em segundo no ranking. Este ano foram 95 registros, enquanto no ano passado ocorreram 121 casos. Os chamados domissanitários, produtos de limpeza, aparecem em terceiro com 61 casos este ano e 70 no ano passado. Para o coordenador do Civitox, Karyston Adriel Machado da Costa, a queda no número de casos pode ter ocorrido por conta das ações de prevenção, sobretudo da orientações dos agentes de saúde.

“As pessoas têm ficado mais sensíveis às orientações, tanto sobre a importância de evitar automedicação, quanto nos cuidados com a própria casa, de forma a impedir que os animais peçonhentos se instalem”, disse o coordenador. Ele destacou que no caso do número de picadas de escorpião, o período coincidiu com o trabalho de prevenção à dengue que mobilizou as pessoas a limparem os ambientes, o que de alguma forma contribuiu.

O coordenador lembra que o trabalho é dar suporte ao profissional de saúde. “Nos casos de intoxicação o tempo é algo fundamental, por isso precisamos de respostas rápidas nas situações de emergência para garantir a vida do paciente”, disse Karyston da Costa.

No caso do escorpião, ele chama a atenção que geralmente ele caminha pelo esgoto, então, é imprescindível que haja cuidado com os ralinhos do banheiro, por exemplo. “As pessoas têm o ralo, mas esquecem de fechá-lo, o que acaba favorecendo que oi escorpião entre na casa”, orientou. Uma vez dentro de casa ele vai procurar ambientes para descansar e acaba se acomodando embaixo de tapetes, ou mesmo das camas o sofás.

Foi isto que ocorreu com a estudante universitária Fabiana de Souza Araújo, 25 anos, quando foi picada pela primeira vez. Ela disse que estava dormindo na sala quando foi picada. “Senti alguma coisa no meu pé, quando chutei, ele me picou”, contou. A dor é muito forte, segundo ela, e a sensação é de formigamento.

Na mesma casa que ela mora, há quase um mês Fabiana Araújo foi picada de novo. Desta vez estava descalça no quintal, quando sentiu que algo subia no pé dela, novamente tentou chutar e então foi picada. “Minha pressão subiu muito”, contou ela, que está grávida. Fabiana pensa em se mudar, segundo ela, na região do Monte Líbano é comum a ocorrência de escorpiões. “E eu moro em uma vila de casas. Do lado da minha casa tem uma casa vazia. As pessoas precisam cuidar, passar veneno para evitar que esses animais apareçam”, disse.

Civitox – O Civitox funciona 24 horas por dia, inclusive fim de semana e feriados e atende no telefone 0800-722-6001. Este ano o Centro comemora 35 anos de atuação nos trabalhos de vigilância, notificação e acompanhamento de casos ligados a intoxicações, tanto de humanos quanto de animais. Para comemorar, nos próximos dias 30 e 31 de agosto será realizado o Simpósio de Toxicologia Clínica. O evento será no auditório Germano de Barros, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Para mais informações sobre o evento clique aqui.

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