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Capital

Defensoria apura irregularidades em duas unidades de internação de adolescentes

Apurações apontam possíveis violações de direitos e falhas estruturais em serviços prestados

Por Ângela Kempfer | 12/06/2025 11:59
Defensoria apura irregularidades em duas unidades de internação de adolescentes
Corredor de unidade de internação de Campo Grande (Foto: Natália Olliver/Arquivo)

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul instaurou dois procedimentos de apuração preliminar para investigar possíveis irregularidades nos serviços públicos voltados a adolescentes em Campo Grande. As portarias, publicadas no Diário Oficial do Estado, tratam de situações distintas envolvendo a rede municipal de acolhimento e uma unidade de internação estadual.

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Defensoria Pública investiga irregularidades em unidades de acolhimento de adolescentes em Campo Grande. Um procedimento apura a situação do acolhimento institucional para meninas sob responsabilidade da Prefeitura, verificando possíveis violações na estrutura e atendimento, especialmente para grávidas e aquelas sem responsáveis legais. Outro procedimento investiga a Unei estadual, apura denúncias de riscos à integridade física e à saúde dos internos, e avalia a conformidade com as normas do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.As investigações, semelhantes a inquéritos civis, baseiam-se na Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e normas de conselhos nacionais. A Defensoria busca garantir a efetivação de políticas públicas adequadas e pode propor ações civis públicas contra os responsáveis caso sejam confirmadas irregularidades. Os prazos para conclusão são de 45 dias, prorrogáveis.

O primeiro procedimento, instaurado em 7 de janeiro de 2025, tem como alvo a Prefeitura de Campo Grande e busca apurar o serviço de acolhimento institucional destinado a adolescentes do sexo feminino, sob responsabilidade da administração municipal. A investigação é conduzida pelo Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, e pretende verificar se há violações nas condições e na estrutura oferecida às meninas abrigadas, especialmente aquelas sem responsáveis legais ou em situações de vulnerabilidade social, como gravidez na adolescência.

A Defensoria aponta como fundamentos legais dispositivos da Constituição Federal, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e normas do CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social) e do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente). O prazo para conclusão é de 45 dias, prorrogável.

Já o segundo procedimento foi aberto em 5 de junho de 2025 e tem como foco a Unei (Unidade Educacional de Internação) vinculada ao Estado de Mato Grosso do Sul. A investigação, conduzida pela 5ª Defensoria da Infância e Adolescência da Capital, apura denúncias de riscos à integridade física e à saúde de adolescentes internados, possivelmente em desacordo com as normas do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo). A intenção é verificar se a Unei cumpre as diretrizes de proteção aos jovens e adolescentes previstas em legislações nacionais e tratados internacionais, como a Convenção dos Direitos da Criança, as Regras de Beijing e as Diretrizes de Riad.

Ambas as apurações têm caráter semelhante ao dos inquéritos civis do Ministério Público e podem culminar na proposição de ações civis públicas para responsabilizar os entes envolvidos e garantir a efetivação de políticas públicas adequadas.

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