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Capital

Dilma afasta cúpula do Ministério dos Transportes envolvida com propinas

Ítalo Milhomem | 02/07/2011 20:39

Neste sábado (2), a presidente Dilma Roussef (PT) pediu o afastamento de quatro servidores da alta cúpula do Ministério dos Transportes. Segundo a revista Veja, eles estariam envolvidos em um esquema de cobrança de propina em cima de obras públicas. O ministro Alfredo Nascimento, do Partido Republicano (PR) permanece no cargo.

Dilma teria conversado com ministro, Alfredo Nascimento, neste sábado e acertou o afastamento de Mauro Barbosa da Silva (chefe de gabinete do ministro), Luís Tito Bonvini (assessor do gabinete do ministro), Luís Antônio Pagot (diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), José Francisco das Neves (diretor-presidente da Valec), empresa que cuida da malha ferroviária federa. O afastamento deverá ser oficializado pela presidência na próxima segunda-feira (4).

Em nota, o ministro afirmou que os servidores serão afastado para garantir a apuração da denúncia em caráter preventivo e até a conclusão das investigações. Ele negou o envolvimento nas supostas negociações de seus assessores.

A edição da revista, publicada no último dia 24, revela uma suposta reunião entre a presidente e as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento) e Alfredo Nascimento, em que Dilma se queixou dos aumentos sucessivos dos custos das obras em rodovias e ferrovias federais e teria suspendido novos investimentos nestas duas áreas.

Os orçamentos da pasta teriam passado de R$ 11,9 bilhões para R$ 16,4 bilhões, aumento de 38% nos últimos três meses.

A revista reproduziu uma diálogo da presidente com servidores do ministério, em que ela afirma que teria de dobrar a carga tributária do país para que fosse possível custear as obras encarecidas do ministério,

“Vocês precisam de babá. E terão três a partir de agora: a Míriam, a Gleisi e eu”, reproduziu a revista.

A revista Veja aponta como líder da suposta quadrilha, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR), que em 2005 renunciou o cargo por conta do “mensalão” e o atual ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

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