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Capital

Donos de escolinha dizem que menina morta já apresentou falta de ar antes

Rafael Ribeiro e Marcus Moura | 10/03/2017 12:59
Interior da escolinha onde Luiza deu os primeiros sintomas de não estar passando bem (Foto: Marcus Moura)
Interior da escolinha onde Luiza deu os primeiros sintomas de não estar passando bem (Foto: Marcus Moura)

Os donos da Escola de Educação Infantil Raio de Sol, na Vila Alba, onde estudava Luiza de Oliveira Custódio Martins, 2 anos, cuja morte por parada cardíaca na última quinta-feira (10) é investigada pela Polícia Civil de Campo Grande, revelaram que a criança já apresentou problemas de falta de ar e estar ofegante antes.

Segundo um dos proprietários, que não quis se identificar, monitores já haviam alertados os pais assim que verificaram o problema, no período de um mês em que Luiza estudava no local.

Para esta pessoa, as monitoras notaram de imediato que a criança não estava bem. “Ela tinha um perfil de ser agitada, brincar bastante e ontem ficou a maior parte do tempo quieta”, disse.


Segundo seu relato, foi verificado que Luiza estava com febre no almoço. “Ela não queria comer desde a manhã. No almoço, às 11h30, se recusou novamente. Medicamos e imediatamente avisamos os pais”, completou


É o primeiro ponto dos depoimentos sobre o ocorrido que se diferem. Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, onde o caso foi registrado, a mãe, de 22, havia relatado que o pai da criança só fora avisado às 14h30.


“Ele veio umas 15h. E não tinha como levar a menina ao hospital. Ficou sentado uma hora com ela no colo, tomando água, esperando por uma carona”, disse um dos responsáveis.


A notícia da morte veio de noite. Os responsáveis pela escola não escondem que estão abalados. “Estamos chocados e nos colocamos à disposição para o que a família precisar. Estamos tudo o que for preciso para conformar a família”, completou.

O caso - Segundo o registro do caso feito na Depac (Delegacia de Pronto-Atendimento Comunitário) da região central, funcionários do local avisaram os pais de Luiza por volta das 14h30 de que ela estava com febre e ofegante. A menina estava desde a manhã na escolinha, de ensino infantil.

Meia hora depois, os pais a levaram ao Hospital São Lucas, no Amambaí, na região central, onde o quadro clínico só piorou.

Os médicos fizeram então a aspiração das vias aéreas de Luiza, onde foram constatados vestígios de sangue e achocolatado. Por volta das 19h, a criança sofreu a parada cardíaca fatal.

A polícia pediu laudos periciais no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) para ter mais indícios que a parada cardíaca atestada como a causa do óbito. Parte do material expelido foi encaminhado para análise.


Há a suspeita, por parte dos investigadores, de que Luiza engasgou com a bebida e os vestígios permaneceram tampando suas vias respiratórias. O caso foi registrado como morte a esclarecer.


O hospital foi procurado pela reportagem e, por telefone, um funcionário disse que um médico que participou do atendimento de Luiza se pronunciaria mais tarde .

A mãe da criança não conseguiu falar sobre o assunto, também pelo telefone. Bastante abalada e chorando muito, preferiu não se pronunciar. “Está nas mãos de Deus”, resumiu.

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