Eleição da ACP continua indefinida e aguarda parecer da Justiça
A ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) aguarda parecer da Justiça para definir nova diretoria. O processo foi suspenso por liminar, em 18 de novembro, após denúncia de favorecimento a uma das chapas.
Geraldo Gonçalves, atual presidente do sindicato, explica que ainda não há uma solução para o caso e que o atual grupo no comando “não tem o mínimo interesse de continuar”, isso porque não participa do processo de eleição e tem mandato válido até 19 de dezembro.
Por sua vez, o advogado da comissão eleitoral, Ronaldo de Souza Franco, ressalta que enquanto a questão estiver judicializada e sem uma definição a atual diretoria se mantém no cargo, conforme o estatuto do sindicato. “A ação é contra a comissão eleitoral e não o sindicato. Em caso de definição, a nova eleição deve ocorrer em até 30 dias”.
Suspensa – A definição da nova diretoria foi suspensa, em 18 de novembro, pelo juiz Alexandre Corrêa Leite que acatou pedido de tutela de urgência feita por Roberto Benedito Ferreira, pertencente a chapa “Independente para Fiscalizar”. Na denúncia, havia sido pontuado que a atual diretoria teria favorecido uma das chapas com envio de correspondência à casa de associados antes mesmo da inscrição das chapas.
“Ante aos indícios concretos de que a chapa do requerente foi prejudicada, é cauteloso suspender o processo eleitoral, a fim de que os interesses de todos os membros do Sindicato sejam resguardados”, destacou o juiz na decisão.
O processo eleitoral coincidiu com período de greve dos profissionais da educação em Campo Grande, em torno de reajuste de 8,46% previstos em Lei Municipal nº 5189/13 que equipara os salários, para 20 horas, ao piso nacional.
Condicionada ao fim da greve, pelo prefeito Gilmar Olarte (PP), as negociações devem ser retomadas nesta quarta-feira (26), a partir das 10h, no gabinete do progressista. Nesse sentido, o presidente da ACP admite que “não existe proposta hoje”, mas sim a reabertura do diálogo.