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Capital

Em 5º dia de bloqueio e manifestação, 40 bairros ficam sem coleta de lixo

Acesso ao aterro sanitário ficou bloqueado das 10h às 17h de hoje (04)

Bianca Bianchi | 04/03/2016 19:25
Manifestantes fecharam a BR-262 em frente ao acesso ao aterro sanitário (Foto: Alan Nantes)
Manifestantes fecharam a BR-262 em frente ao acesso ao aterro sanitário (Foto: Alan Nantes)

Pelo menos 40 bairros e cinco condomínios de várias regiões de Campo Grande ficaram com a coleta de lixo comprometida na tarde desta sexta-feira (04). O bloqueio da BR-262, no acesso ao aterro sanitário da Capital, por catadores que de lixo que manifestam contra o fechamento do lixão, impediu o acesso dos caminhões carregados.

Segundo a Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo na Capital, os serviços que deveriam acontecer na tarde de hoje, serão retomados na segunda-feira (07). Entre os bairros que ficaram sem coleta estão Oiti, Moreninha IV, Campo Alto e Jardim das Macaúbas.

O bloqueio dos manifestantes teve início por volta das 10h, minutos depois, dois bloqueios da PRF (Polícia Rodoviária Federal) foram montados nas saídas para São Paulo e Sidrolândia, desviando o fluxo de carros e caminhões para dentro da cidade. Pouco antes das 17h, os manifestantes liberaram a pista totalmente.

Liberação - De acordo com João Alves, um dos líderes da manifestação, a pista foi liberada depois que o grupo conseguiu marcar para amanhã (05) às 14h uma reunião com representantes da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos), Funsat (Fundação Social do Trabalho), Ministério Público e Defensoria Pública.

A reunião devem discutir soluções para as mais de 400 pessoas que ficaram sem trabalho desde o acesso ao lixão foi interditado aos catadores, na segunda-feira (29).

Orientação de liberar a pista foi dada por João Alves, depois que o grupo conseguiu marcar reunião para amanhã (Foto: Alan Nantes)
Orientação de liberar a pista foi dada por João Alves, depois que o grupo conseguiu marcar reunião para amanhã (Foto: Alan Nantes)

Histórico – Desde dezembro de 2012, catadores de lixo tinham acesso ao aterro sanitário Dom Antônio Barbosa por meio de uma liminar, concedida em ação civil proposta pela Defensoria Pública.

A medida foi deferida pelo tempo que durasse o atraso na construção da UTR (Usina de Triagem de Resíduos).

Com a obra inaugurada em agosto de 2015, a área de transição foi fechada. Segundo os catadores de lixo, somente 88 das mais de 500 pessoas que sobrevivem da coleta de materiais recicláveis têm acesso à UTR e a remuneração não é suficiente.

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