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Capital

Em um ano, dívida do Hospital do Câncer tem queda de R$ 5 milhões

Zana Zaidan | 21/03/2014 17:11
Mudança na diretoria aconteceu após escândalo da "Máfia do Câncer" (Foto: Arquivo)
Mudança na diretoria aconteceu após escândalo da "Máfia do Câncer" (Foto: Arquivo)

Após o escândalo da “Máfia do Câncer”, deflagrado pela Polícia Federal e Ministério Público, a nova diretoria do Hospital do Câncer de Campo Grande completa hoje (21) um ano frente da instituição. Até então dirigido por Adalberto Abrão Siufi, Blener Zan e Wagner Miranda (investigados por superfaturamento, entre outras irregularidades), o time de Carlos Alberto Coimbra assumiu o comando com o desafio de apagar o incêndio e colocar as contas e o atendimento aos pacientes em ordem.

Em um ano, foi feito rompimento de contratos firmados na gestão anterior, redução de dívidas, implantação de novos serviços e comissões para acompanhar a aplicação de recursos pelo hospital, além de campanhas para recuperar a credibilidade e, assim, as doações ao hospital, interrompidas pelas suspeitas de desvio de verbas.

As dívidas, que em março do ano passado eram de R$ 17,5 milhões, hoje estão na casa dos R$ 12 milhões. Em 2014, o hospital vai adquirir um acelerador linear, equipamento de radioterapia. Emendas parlamentares que somam R$ 11 milhões vão garantir a compra de três desfibriladores, um monitor multiparâmetros, três carros de emergência, dez camas hospitalares, entre outros equipamentos. A adoção da “plataforma Bionexo” permitiu a redução de 30%, em média, no preço dos medicamentos adquiridos.

Comissão de acompanhamento – Para administrar de forma mais transparente, o hospital criou uma comissão de acompanhamento da aplicação de recursos financeiros provenientes do SUS, criou a Comissão de Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos, para evitar o desperdício de materiais e produtos e utilizá-los com qualidade e em quantidades adequadas, entre outras medidas.

Novos serviços - Novos serviços especializados passaram a ser oferecidos, como mama/ginecologia, pele, abdômen, cabeça e pescoço e tórax e também o serviço especializado de imagem. O contrato com a empresa Refix, firmado na gestão anterior, foi rompido e, hoje, o hospital dispõe do Centro de Diagnóstico de Imagem (Cerdil). No ano passado, a oferta era é de 16 leitos para pacientes vindo de outros estados – hoje, o número dobrou, com 32, em quartos de três ou quatro camas.

Números – Em 2013, foram realizados, em média, 228 exames de ultrassonografia por mês, 161 tomografias, 72 sessões de radioterapia e 212 radiologias. Neste ano, considerando a média de janeiro e fevereiro, houve aumento no número de exames: foram 274 ultrassonografias, 347 tomografias, 86 sessões de radioterapia e 350 radiologias.

Para finalizar, um time de peso entrou para recuperar a imagem e credibilidade da instituição. Michel Teló, Munhoz & Mariano, Maria Cecília & Rodolfo, João Bosco & Vinícius, Bruninho & Davi e, recentemente, Daniela Merecury, apoiaram a instituição em busca de doações.

Matéria editada para correção de informação.

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