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Capital

Empreiteira terá um ano para construir “piscinão” do Córrego Reveilleau

Obra faz parte de projeto para desassoreamento do lago do Parque dos Nações Indígenas

Adriel Mattos | 28/04/2022 07:52
“Piscinão” será construído entre as avenidas Mato Grosso e Hiroshima. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
“Piscinão” será construído entre as avenidas Mato Grosso e Hiroshima. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

A prefeitura da Capital assinou contrato de R$ 5,5 milhões com a empresa Penascal Engenharia e Construção para construir uma bacia de amortecimento no Córrego Reveilleau. O extrato foi publicado na edição desta quinta-feira (28) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

A obra será custeada com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), oriundos da Caixa Econômica Federal. A Penascal, sediada em São Paulo (SP), terá 360 dias (cerca de um ano) para concluir o serviço.

O “piscinão” será construído entre as avenidas Mato Grosso e Hiroshima. Esse projeto está incluso no pacote de obras que inclui o desassoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas e drenagem do córrego.

Em 2019, o governo do Estado e a prefeitura concordam que a administração estadual executaria as obras de desassoreamento e o município ficaria responsável pela construção da bacia de contenção.

Histórico – Há três anos, Campo Grande viu o lago do Parque das Nações Indígenas quase secar, situação causada pelas erosões nas nascentes do Córrego Joaquim Português, que corta os parques dos Poderes e Estadual do Prosa. O governo interveio e desassoreou o lago.

Já a recuperação do Córrego Joaquim Português entrou na fase final. Após 12 meses de intervenções, a erosão de décadas acabou com o investimento de R$ 4,84 milhões do orçamento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A erosão tinha 140 metros de comprimento, 40 metros de largura e, em algumas partes, até 6 metros de profundidade.

Foi construída uma bacia de contenção em uma área de 12,9 mil metros quadrados, acima da Avenida do Poeta, com capacidade para comportar 36 milhões de litros de água. Além disso, foram implantados 184 metros de tubos com 1,2 metros de diâmetro nas laterais da Avenida do Poeta e outros 730 metros de tubos com diâmetro variado na região, para direcionar a água pluvial à bacia de contenção.

Outros 65 metros de tubos com 1,4 metro de diâmetro atravessam a Avenida do Poeta, ligando a lagoa de contenção à canalização subterrânea implantada no fundo da vala formada pela erosão. Essa canalização se estende por 120 metros com tubos de 1,2 metro de diâmetro, em desnível leve, para impedir a velocidade da água.

Antes da água chegar ao leito do córrego, ainda passa por uma escada de dissipação de energia com 20 metros de extensão. Tudo para evitar que novo processo erosivo se forme devido à força da enxurrada.

Finalizadas as obras de drenagem, teve início o trabalho para aterrar a erosão e devolver a área novamente nivelada do parque, o que demandou o transporte de 20 mil metros cúbicos de terra – material que havia sido removido para construir a lagoa de contenção. Agora, a enorme clareira aberta na mata exuberante do Parque do Prosa será lentamente encoberta, na medida em que se desenvolvam as mais de mil mudas de espécies do Cerrado que foram plantadas ali.

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