Empresa cobra quase R$ 1 milhão a menos e deve terminar o Belas Artes
A abertura das propostas das duas empreiteiras na disputa pelo contrato foi na manhã desta segunda-feira (17)
Orçada em R$ 4,1 milhão pela Prefeitura de Campo Grande, a conclusão do Centro Municipal de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, deve sair quase R$ 1 milhão mais barata. Se estiver com a documentação em dia e atender a todas as exigências da licitação, a Vale Engenharia e Construções Ltda. vai tocar a obra por R$ 3.178.553,95.
A abertura das propostas das duas empreiteiras na disputa pelo contrato foi na manhã desta segunda-feira (17). Também concorre a Meta Construtora, que ofereceu R$ 3.614.314,11 pelo contrato.
O término da transformação do esqueleto projeto para ser rodoviária e que nunca foi concluído em área na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, havia sido orçado em R$ 4.149.676,39. A Vale fez proposta de valor R$ 971.122,44 menor.
Segundo o proprietário, Enier Fonseca, a empresa conseguirá reduzir custos com mão de obra e comprando itens exigidos no edital fora de Mato Grosso do Sul.
Leonardo Barbirato, presidente da comissão de licitação, as propostas serão analisadas e o resultado da licitação deve sair ainda nesta semana. “Não é porque a melhor proposta apresentada é a mais barata, que está perfeita. Serão conferidos todos os cálculos. Estando corretos, o menor preço é o ganhador”, explica.
Novo projeto – A licitação foi relançada pouco antes de 2019 acabar, depois do procedimento lançado em agosto do ano passado ter sido suspenso. A suspensão havia ocorrido após questionamentos do TCE (Tribunal de Contas Estadual) e o certame tinha valor estimado em R$ 4,5 milhões.
O projeto prevê reforma completa, desde as instalações hidráulicas, elétricas, acessórias até a arquitetura, passando por iluminação, aparelhagem de ar condicionado, esgotamento e controle de água da chuva.
Prevê a instalação de eletrodutos, para-raios, redes de tubulação, saídas de emergência com informações como placas e luminárias de emergência e barra anti-pânico, degrau antiderrapante e guarda-corpo nas saídas de emergência.
As obras também vão instalar sistema de iluminação de emergência para permitir a saída fácil e segura do público do complexo em caso de interrupção da alimentação normal de energia. A pavimentação de parte do piso terá granito polido, madeira, carpete e haverá esquadrias metálicas. As portas de madeira também serão substituídas e as paredes revestidas com azulejo.
A história - Mais que um elefante branco, o maior símbolo de obras abandonadas de Campo Grande, o Centro de Belas Artes, é uma metamorfose. Começou há 26 anos, no governo de Pedro Pedrossian, e seria uma rodoviária. Atravessou administrações e inacabada, em 2007, decidiu-se que ali seria local para a cultura.
Os recursos para a conclusão da obra são do Ministério do Turismo e de um financiamento com a Caixa Econômica Federal.