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Capital

Engenharia da UFMS completa 45 anos com 1,4 mil profissionais formados

Ricardo Campos Jr. | 17/08/2015 16:17
Curso de engenharia civil é um dos mais antigos da UFMS (Foto: Alcides Neto / arquivo)
Curso de engenharia civil é um dos mais antigos da UFMS (Foto: Alcides Neto / arquivo)

Curso de engenharia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) completa 45 anos como uma das formações mais antigas e já tendo formado 1.423 profissionais até 2014. Criada antes da divisão de Mato Grosso, e na época em que a instituição pertencia ao estado, a graduação evoluiu com os avanços tecnológicos na área e hoje volta suas atenções à pesquisa.

O doutor Munir Mohamed Kassab é atualmente o coordenador do curso. Ele é egresso da graduação tendo se formado em 1999, quando se começava a falar no uso do computador para a realização de algumas tarefas profissionais.

“Estava começando a era do Pentium. O processador era muito fraco. Na minha época de estudante nós tínhamos o desenho técnico feito exclusivamente nas pranchetas. Claro que hoje ainda temos isso, mas tem um software muito conhecido para fazer esse trabalho”, conta o engenheiro.

Professores que acompanharam as primeiras turmas continuam no corpo docente, que contrasta com gerações medianas e recentes de formados.

“A Prata da casa está retornando. Tenho três ou quatro colegas que saíram de Campo Grande para São Carlos, Rio de Janeiro e até mesmo em outros países para fazer mestrado e doutorado e que agora estão voltando. Estamos ainda com uma leva de professores novos na carreira que também foram alunos do curso. São colegas contemporâneos”, diz o engenheiro.

Perfil – Kassab diz que em torno de 30% dos estudantes aprovados para o curso são de outros estados. Metade desse montante é da região Centro-Oeste. Diferente de outras graduações locais, a faculdade não tem foco regionalizado para formar um profissional competitivo e capaz de atuar no mercado de trabalho nacional.

São realizadas duas seleções para novas turmas por ano, uma no verão e outra no inverno, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificado).

Hoje, segundo o coordenador, os próprios universitários estão percebendo a importância de aliar à técnica a pesquisa e desenvolvem estudos nos laboratórios da UFMS para serem posteriormente publicados em revistas científicas e apresentados em congressos.

“Os alunos estão mais motivados para a área da pesquisa. Essa energia nova contagia”, afirma o professor doutor.

História – Segundo informações disponíveis no site da graduação, o curso foi o primeiro da área tecnológica da então UEMT (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), tendo sido autorizado a funcionar em 1970.

Com a divisão do estado, a UEMT passou para o domínio da União e tornou-se UFMS. A graduação então foi lotada no CCET (Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas). Posteriormente, com a divisão do setor, foi criada a Faeng (Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia), existente até hoje.

Em 1999 foi criado o programa de pós graduação em nível de mestrado em construção civil por meio de convênio com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Recentemente, conforme a página, foi aprovado o mestrado em eficiência energética e sustentabilidade.

Dada a importância da graduação no cenário profissional regional, o Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia em Mato Grosso do Sul) realizou uma solenidade para homenagear os nove engenheiros formados na primeira turma da instituição, em julho de 1975. Um deles, Odilar Costa Rondon, atualmente integra o corpo docente da faculdade.

A Assembleia Legislativa também homenageou a graduação em uma sessão solene na sexta-feira. Foram concedidas condecorações ao ex-governador Pedro Pedrossian, que implementou a UEMT, a professores e ex-alunos.

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