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Capital

Ex-servidor que furou sinal e causou morte no trânsito vai a júri popular

Guilherme de Souza Pimentel dirigia um Toyota Etios quando atingiu a motocicleta onde estava Belquis Maidana

Por Ana Paula Chuva | 21/11/2024 15:37
Imagem aérea mostra marca de frenagem no cruzamento onde acidente aconteceu (Foto: Reprodução)
Imagem aérea mostra marca de frenagem no cruzamento onde acidente aconteceu (Foto: Reprodução)

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou que o jornalista e ex-servidor estadual comissionado, Guilherme Pimentel de Souza, vá a júri popular pelo acidente que matou a auxiliar de cozinha Belquis Maidana. A decisão é de terça-feira (19). O acidente aconteceu no dia 9 de dezembro de 2023 e deixou João Paulo Alves, 43 anos, em estado grave. As duas vítimas estavam em uma motocicleta Honda Biz.

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O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida decidiu que o jornalista Guilherme Pimentel de Souza irá a júri popular pelo acidente que resultou na morte da auxiliar de cozinha Belquis Maidana e deixou João Paulo Alves gravemente ferido. O incidente ocorreu em 9 de dezembro de 2023, quando Guilherme, dirigindo um Toyota Etios da frota do governo de Mato Grosso do Sul, desrespeitou um semáforo e colidiu com a motocicleta das vítimas. Testemunhas relataram que ele estava em alta velocidade e apresentava sinais de embriaguez, o que foi corroborado por laudos periciais. A decisão do juiz foi baseada em evidências que contradizem a versão do jornalista, que alegou estar respeitando as sinalizações. O julgamento popular ainda não tem data marcada.

A batida aconteceu no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e Bahia, no Bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande. Guilherme dirigia um Toyota Etios da frota do governo de Mato Grosso do Sul e furou o semáforo, atingindo o veículo das vítimas. O jornalista foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que pediu pelo julgamento popular e pagamento de indenização no valor de R$ 66 mil.

Na decisão, Garcete considerou os depoimentos das testemunhas e os laudos que contradizem a versão dada pelo jornalista que, alegou estar na velocidade da via e ter respeitado todos os sinais, inclusive o do cruzamento onde houve a batida. Guilherme afirmou que o semáforo estava aberto e ele apenas não viu a motocicleta das vítimas.

Porém, motoristas que passavam pelo local relataram que o ex-servidor estava em alta velocidade e antes do acidente passou por vários sinais vermelhos. Os laudos periciais mostraram ainda que Guilherme não dirigia a uma velocidade menor que 73 km/h e, na via, o limite é de 60 km/h.

Além disso, imagens de câmera de segurança e os cálculos do tempo de cada semáforo confirmaram que o sinal estava fechado para o jornalista no minuto exato em que ele atingiu a motocicleta das vítimas. Os policiais que atenderam a ocorrência ainda reforçaram em depoimento que Guilherme apresentava sinais claros de embriaguez e ele confessou ter tomado uma taça de vinho.

“Estava ciente do perigo concreto de acidente com seu veículo ao dirigi-lo em alta velocidade, sob estado de embriaguez, além de desrespeitar a sinalização semafórica de para obrigatória”, declarou o magistrado na decisão.

Com isso, Guilherme passará pelo julgamento popular pelo homicídio de Belquis e pela tentativa de homicídio de João Paulo, que perdeu o baço, alguns dedos do pé e sofreu sequelas em uma das pernas por conta do acidente. No entanto, o júri popular ainda não tem data definida.

Motocicleta das vítimas prensada pelo veículo de Guilherme (Foto: Reprodução)
Motocicleta das vítimas prensada pelo veículo de Guilherme (Foto: Reprodução)

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