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Capital

Ex-vereador pode perder a carteira de advogado e direito à sala especial

Filipe Prado | 06/05/2015 13:56
Advogado e ex-vereador foi candidato a deputado estadual (Foto: Reprodução)
Advogado e ex-vereador foi candidato a deputado estadual (Foto: Reprodução)

O ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins pode ter a carteirinha da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) cassada. Ele é alvo de procedimento ético em decorrência do envolvimento no escândalo de exploração sexual de adolescentes em Campo Grande. Robson está preso em uma cela da DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), mas pediu transferência para uma sala especial por ter direito como advogado.

Segundo a assessoria de imprensa da OAB/MS, foi aberto processo ético contra o ex-vereador, preso no dia 17 de abril, acusado de agenciar as adolescentes, para depois extorquir políticos. Caso seja confirmada a participação no crime, a sua carteira da ordem pode ser suspensa. O pedido de suspensão se deu pela gravidade do crime, segundo a assessoria.

A seccional de Campo Grande expediu um oficiou ao delegado responsável pela prisão, solicitando informações sobre o caso.

Por outro lado, a OAB/MS recorreu à Justiça para pedir a prisão domiciliar de Robson Martins, já que não há sala especial para abrigá-lo durante a prisão ou após eventual condenação. Segundo a polícia, ele pode ser condenado a pena de quatro a 10 anos de reclusão.

Além do ex-vereador, o empresário Luciano Pageu é acusado de agenciar meninas para políticos, gravavam os encontros para extorquir os envolvidos. Alceu Bueno e o ex-deputado Sérgio Assis foram indiciados por exploração sexual.

O juiz da 7ª Vara Criminal, Marcelo Ivo de Oliveira, e o promotor de Justiça, Celso Botelho, ouviram Otero, homologando o acordo e decretando sigilo nas investigações da delação premiada, que deve revelar pelos o nome de pelo menos mais 10 políticos envolvidos no esquema. Só o promotor de Justiça, o delegado Paulo Sérgio Lauretto e o advogado de defesa, Amilton Ferreira de Almeida, poderão ter acesso aos autos do inquérito.

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