Exame de 30 minutos feito no Camelódromo revela se você tem Aids
Em Campo Grande existem mais de 200 pessoas com a doença
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) está realizando no Camelódromo de Campo Grande, nesta segunda-feira (1º), Dia Mundial de Luta Contra a Aids, testagens rápidas, de 30 minutos, que revelam a infecção pelo vírus HIV. Os exames de sangue estão sendo feitos até às 16h, no piso superior do Camelódromo.
De acordo com a supervisora geral do programa municipal DST/Aids, Luciana Caetano Rocha, o teste é 100% confiável. Em caso de confirmação do vírus, o paciente é encaminhado imediatamente para tratamento, no Hospital Dia. O teste rápido é a principal estratégia para o acesso ao diagnóstico.
Em Campo Grande, segundo a Sesau, existem 217 pessoas com Aids, sem considerar aquelas que possuem o vírus HIV, mas ainda não desenvolveram a doença. “A partir do ano que vem vamos passar a notificar também todos os HIV positivo e teremos também a informação de quantas pessoas contaminadas”, contou.
Somos tão jovens – No trabalho de prevenção, a maior preocupação é com os jovens. Luciana acredita que muitas pessoas, principalmente os mais jovens, têm a falsa ideia de que a Aids não mata. “É esse o perigo. Quem é mais jovem, não viu Cazuza e Renato Russo morrerem por causa da Aids, e acha que a doença não mata. Só que o HIV vai levar a pessoa a desenvolver a Aids e ela possivelmente vai morrer”, disse.
A expectativa é de que 200 pessoas façam o exame hoje, no Camelódromo. Quase 50 pessoas já realizaram o teste até o momento. O pintor autônomo Marcos Pereira da Silva, 28, foi um deles. Ele estava fazendo o teste pela segunda vez. “Eu acho importante fazer o teste para se prevenir e não ter uma contaminação em cadeia”, explicou.
Tempo Perdido– O Ministério da Saúde estima que 530 mil pessoas vivam com HIV/aids no país, mas 135 mil não sabem ou nunca fizeram o teste. De acordo com o órgão, a epidemia brasileira é concentrada nas populações em situação de vulnerabilidade (homossexuais, travestis, profissionais do sexo e usuários de drogas). São registradas 11,5 mil mortes por ano em decorrência da doença no Brasil.