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Capital

Garoto violentado com mangueira melhora e deve ir para enfermaria

O adolescente estava em estado grave até ser transferido para a área amarela da Santa Casa, nesta segunda-feira (06) e seu estado de saúde é estável

Adriano Fernandes | 07/02/2017 14:56
Mangueira usada na "brincadeira" contra o adolescente. (Foto: André Bittar)
Mangueira usada na "brincadeira" contra o adolescente. (Foto: André Bittar)

O estado de saúde do adolescente de 17 anos violentado com mangueira de compressão de ar em um lava jato, na manhã de sexta-feira (3), na Vila Morumbi, teve melhora e ainda esta tarde (07), ele pode ser transferido para a enfermaria da Santa Casa de Campo Grande.

Apesar do tratamento ainda inspirar cuidados o garoto também já respira sem a ajuda de aparelhos, segundo a assessoria de imprensa da unidade. Ainda de acordo com o hospital o adolescente foi transferido, na tarde de ontem (06) para a área amarela do hospital - setor de menor gravidade - chegou a ser entubado, mas o quadro teve melhora nesta manhã (07). 

Ele inclusive já responde a estímulos sinalizando com as mãos e olhos, segundo a assessoria. A evolução é gradativa, mas animadora segundos os médicos que cuidam do tratamento do adolescente.

Recuperação - Depois de dar entrada no hospital, as 22h15 da última sexta-feira (03), o adolescente foi direto para a sala de cirurgia, perdeu metade do intestino e desde então seguia internado em estrado grave na área vermelha da unidade, até a manhã desta segunda-feira (06).

Agressão - O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato à delegacia, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.

Os suspeitos são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20, dono do lava-jato e Willian Henrique Larrea, 30, amigo do garoto. A vitima foi levada pelos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, e em seguida para a Santa Casa de Campo Grande.

Investigações – O caso é investigado pela DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) como lesão corporal grave e os agressores continuam soltos. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA e responsável pelo caso, a prisão dos acusados não foi pedida por "não oferecem risco a vítima", além de outros fatores.

Ele também reforçou, em coletiva de imprensa que o crime contra o adolescente não teve conotação sexual, portanto é tratado como lesão corporal grave. Uma criança de 11 anos ouvida pela polícia e que disse estar presente alegou que a vítima começou a brincadeira, colocando a mangueira por baixo da porta do banheiro onde Willian estava.

Tanto a mãe da criança, quanto a mãe de um dos acusados, eles mesmo e a mãe e do adolescente ferido confirmaram que brincadeiras 'de mau gosto' entre eles era normal no lava jato, onde a vítima trabalhava há pouco tempo, cerca de um mês.

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