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Capital

Golpe do envelope em branco "com fogo" foi tramado em cela da Máxima

Aline dos Santos e Luana Rodrigues | 07/10/2015 13:35
Delegados da PF,Marcelo Alexandrino (esquerda)  Cleo Mazzotti, falaram sobre o golpe hoje (Foto: Marcos Ermínio)
Delegados da PF,Marcelo Alexandrino (esquerda) Cleo Mazzotti, falaram sobre o golpe hoje (Foto: Marcos Ermínio)

O golpe do envelope em branco, esclarecido hoje pela PF (Polícia Federal) na operação Caixa de Fogo, foi tramado em uma cela da penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, em Campo Grande. Presos por tráfico, pai e filho, de 49 anos e 26 anos, respectivamente, conheceram um assaltante de 29 anos. Juntos, planejaram a ação. Pai e filho foram soltos em dezembro do ano passado e o rapaz neste ano.

O crime aconteceu no dia 17 de maio, no bairro Aero Rancho, quando o trio depositou seis envelopes em branco, no valor de 16,4 mil, e depois voltou para queimar o terminal eletrônico e obrigar a Caixa Econômica Federal a creditar o valor.

Eles contaram que buscavam pessoas que estavam vendendo veículos e propunham pagar através depósito bancário, mas usavam envelopes em branco. Depois de obter os comprovantes, iludiam os vendedores dos automóveis, afirmando que haviam pago a dívida. Contudo, as duas vítimas não tiveram prejuízo. Uma teve o carro recuperado e a outra não entregou o veículo.

“Nunca aceite nenhum tipo de negociação em que a forma de pagamento é o depósito e a única certeza é o comprovante”, orienta o delegado Marcelo Alexandrino de Oliveira.

Pai e filho foram presos em casa no Indubrasil. O terceiro envolvido foi localizado no bairro Aero Racho. A PF não divulgou os nomes. A investigação foi feita pela Polícia Federal porque a Caixa é do governo.

Segundo o delegado regional de combate ao crime organizado, Cleo Mazzotti, será apurada a relação com outros crimes de explosão de caixas eletrônicos em Campo Grande. “Há possibilidade, mas não ficou constatado. Será feita troca de informações com a Polícia Civil para verificar a participação deles nesses crime, para que seja iniciada investigação conjunta”, diz.

Os presos vão responder por estelionato qualificado (por ser em instituição pública), incêndio qualificado e associação criminosa. Eles serão transferidos da superintendência da PF para o sistema penal do Estado.

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