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Capital

Greve dos bancários começa e pode faltar dinheiro em caixas eletrônicos

Flávia Lima | 06/10/2015 09:23
Agências amanheceram repletas de cartazes anunciando a greve dos bancários. (Foto:Marcos Ermínio)
Agências amanheceram repletas de cartazes anunciando a greve dos bancários. (Foto:Marcos Ermínio)
Agências de bancos privados também aderiram a paralisação na Capital. (Foto:Marcos Ermínio)
Agências de bancos privados também aderiram a paralisação na Capital. (Foto:Marcos Ermínio)

Agências bancárias da Capital amanheceram com cartazes e faixas anunciando a greve dos bancários, que teve início nesta terça-feira, em todo o país. Em Campo Grande, o sindicato da categoria formou grupos que estão na porta das agências orientando a população.

Apesar da maioria das agências abrir às 11 horas, algumas, como a do Itaú, na Rua Barão do Rio Branco, que tem a abertura antecipada, já contava com clientes logo cedo que, sem saber da greve, foram ao local na tentativa de pagar contas.

Foi o caso da doméstica Vilma Alves, que planejava pagar a prestação do cartão de crédito sem a fatura. Como esse tipo de serviço só pode ser feito no caixa, ela decidiu esperar a chegada da fatura em casa e buscar uma casa lotérica. "A paralisação acaba atrapalhando, mas meu medo é ficar sem dinheiro nos caixas eletrônicos", diz.

O receio é o mesmo do aposentado Antonio Souza, que logo cedo foi até a agência sacar sua aposentadoria. "As contas a gente pode pagar em outro lugar, mas tenho medo de acabar o dinheiro nos caixa", afirma.

O presidente do sindicato dos Bancários de Campo Grande e região, que abrange 27 municípios, Edvaldo Barros, explica que o risco de os caixas eletrônicos ficarem sem cédulas é real, caso a greve se prolongue por muitas semanas. "Não haverá ninguém para repor os valores e legalmente também não somos obrigados", ressalta.

Na Capital, o sindicato não programou atos, apenas manterá os grupos nos estabelecimentos para orientar a população, além de visitar agências em bairros que ainda não tenham aderido ao movimento.

A expectativa do sindicato é de 100% de adesão dos bancos da região central, mas apenas no final do dia haverá um balanço preciso. "Vamos passar em vários pontos para fazer um levantamento", diz Edvaldo Barros. Só na Capital são 2,7 mil bancários distribuídos em 120 agências.  

Segundo a assessoria do sindicato, a maior greve da categoria em Campo Grande durou 27 dias. Ano passado a paralisação foi encerrada após uma semana. No entanto, a categoria prevê um tempo maior, já que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu apenas 5,5% de reajuste contra os 16% reivindicados pelos bancários, que também pedem fim das cobranças abusivas de cumprimento de metas e contratação de mais funcionários.

Alternativas - Segundo o presidente do sindicato, as alternativas para quem precisa pagar contas e realizar depósitos, são os caixas eletrônicos, casas lotéricas e algumas bancas de jornais que realizam serviços bancários. A recomendação também vale para empregados da iniciativa privada que vai receber os salários nesta terça-feira.

Ocorre que, por motivos de segurança, tanto o pagamento de boletos quanto os saques tem limites diários que variam de acordo com a localização da lotérica.

Na agência da Caixa Econômica Federal da Rua 13 de Maio, sindicalistas informaram que alguns funcionários do setor de compensação estão trabalhando, mas como estão em número reduzido, o serviço ficará lento. "Os depósitos podem ser feitos nos terminais eletrônicos, mas não haverá pessoal suficiente para fazer a compensação, pois os valores precisam ser checados por funcionários", ressalta.

Caixas eletrônicos continuarão realizando operações normalmente. (Foto:Marcos Ermínio)
Caixas eletrônicos continuarão realizando operações normalmente. (Foto:Marcos Ermínio)
A doméstica Vilma Alves decidiu pagar a fatura do cartão de crédito nas casas lotéricas. (Foto:Marcos Ermínio)
A doméstica Vilma Alves decidiu pagar a fatura do cartão de crédito nas casas lotéricas. (Foto:Marcos Ermínio)
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