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Capital

Jurídico de sindicato irá defender agente preso por corrupção

Luana Rodrigues | 12/06/2017 16:44
Servidor foi preso em casa e levado para o Instituto Penal. Em seguida seria encaminhado ao Gaeco para prestar esclarecimento (Foto: André Bittar)
Servidor foi preso em casa e levado para o Instituto Penal. Em seguida seria encaminhado ao Gaeco para prestar esclarecimento (Foto: André Bittar)

O agente penitenciário Cleiton Paulino de Souza contará com o apoio do setor jurídico Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária) para se defender das acusações de corrupção. O servidor foi preso na manhã desta segunda-feira (12), durante a operação Chip, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

De acordo com informações do presidente do sindicato, André Luiz Santiago, por ser filiado, Cleiton tem direito ao apoio e defesa institucional.

“Só o que posso dizer é que ele será assistido. Eu não tenho nenhuma informação oficial sobre a operação, porque está tudo em sigilo, mas nós acionamos o setor jurídico para verificar se o procedimento dessa operação tem embasamento legal e garantir o direto do servidor”, disse.

Santiago afirma que concorda com a operação e considera importante que se façam ações como estas, no entanto, reforça que é preciso cautela quanto as investigações.

“Eu vejo de maneira muito positiva, ou seja, que todo esse tipo de atividade tem que ser investigada, porém, desde que respeite o direto de todos os envolvidos. Já vimos muito servidores sendo acusados e até condenados, mesmo sendo inocentes”, diz.

Agente do Gaeco chegando a presídio. (Foto: André Bittar)
Agente do Gaeco chegando a presídio. (Foto: André Bittar)

Operação Chip - A operação Chip, que faz pente-fino no Instituto Penal de Campo Grande nesta segunda-feira (dia 12), apreendeu R$ 7,9 mil em dinheiro, celulares, drogas e recarregadores.

Os mandados de buscas foram cumpridos na área administrativa, cantinas, setor de trabalho dos presos e celas da unidade penal, localizada no Jardim Noroeste. Na casa do servidor Cleiton Paulino de Souza, foram encontrados celulares embalados e prontos para serem entregues no presídio.

Segundo a defesa, Cleiton, que é acusado de corrupção, está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e será encaminhado para o Centro de Triagem. De acordo com o advogado Marlon Ricardo Lima Chaves, a prisão do agente tem validade de dez dias.

Também foi preso Rafael Barreto de Freitas, cujo pai é detento. Ele está no Gaeco. Ao todo, foram três prisões temporárias e cinco mandados de busca e apreensão. São apurados os crimes de corrupção, peculato, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A ação no presídio é em parceria com o Batalhão de Choque. Até o fechamento deste texto, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) ainda não havia se manifestado sobre a operação.

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