Laços afetivos e vontade de ser parte da festa levam público para desfile
Laços afetivos e vontade de participar do aniversário de Campo Grande movem o público a enfrentar calor de 30ºC e arquibancadas lotadas na manhã desta sexta-feira, o 26 de agosto em que a cidade completa 117 anos.
A estudante Gabrielle Battiva, 18 anos, acompanha a festa desde os seis anos. Mas desta vez o motivo é especial. “Vim ver meu noivo desfilar pelo Comado Militar do Oeste”, diz. Ela não conseguiu lugar na arquibancada, ficou no lado em que o sol bate mais forte, mas não desanima. “Minha expectativa é que seja bem bonito”, afirma.
Com a filha de três anos, Valéria da Silva, 30 anos, foi à rua neste feriado para ver os filhos de 15 anos e 8 anos desfilarem pela escola. “Agora, quero vir todos os anos. Estou achando tudo muito bonito”, relata.
Vinda de Porto Murtinho, Márcia Benites mora há 30 anos em Campo Grande. “Vim algumas vezes e acho uma boa maneira de comemorar o aniversário”, afirma. Hélio Sales, 73 anos, conta que é veterano e não perde um desfile.
Com o sol forte, a organização distribui copos de água, mas, principalmente quem está acompanhado de criança, foi precavido levou água, guarda-sol e tereré. O posto da Defesa Civil não fez nenhum atendimento até às 9h20.
Nas arquibancadas, que deve comportar público de 30 mil pessoas, o clima é festivo. Apenas o funcionário público Cícero Romão Bispo, 56 anos, apostou em um protesto solitário. Ele levou uma faixa elogiando o juiz Sérgio Moro e pedindo que os generais salvem o Brasil do comunismo. “Desde que os generais saíram, o Brasil desandou. Os governos entraram para roubar e a Ditadura deve voltar”, avalia.
De acordo com a prefeitura, 55 entidades vão participar da solenidade, entre militares, guardas municipais, servidores e escolas municipais.