Medo da gripe faz produtos para prevenção sumirem de farmácias
Os número de óbitos por decorrência da gripe H1N1 em Campo Grande vem assustando a população. Dos 20 casos registrados em todo o Estado, 6 ocorreram na Capital. Com a situação de risco, a venda de produtos para a prevenção do vírus tem se esgotado rapidamente das prateleiras das farmácias.
A farmacêutica Letícia Aparecida Costa trabalha em uma drogaria no centro de Campo Grande, e disse que a procura por álcool em gel aumentou em 80% no último mês. " Como a situação no interior está alarmante, as pessoas estão preocupadas e procurando mais os produtos de prevenção. A tendência é de que as vendas aumentem", explicou.
Segundo Letícia, outros produtos como lenços descartáveis e medicamentos antigripais estão tendo grande procura pelos pacientes. "Não estamos vendendo tantas máscaras, mas lenços saiu bastante. A procura é de adultos em geral, preocupados com os filhos na escola ou com os pais, por serem de idade avançada", comentou.
Ela ressaltou que orienta os pacientes, que chegam ao local aparentando estar mais debilitados, a procurar um posto de saúde. "Nós orientamos as pessoas que estão com a situação mais grave, ou que estão procurando por vacina, a procurar um dos postos de saúde para receber o atendimento. No caso da imunização, também falamos para procurar alguma clínica particular", explicou.
Em outra drogaria, também no centro da Capital, a procura por lenços descartáveis vem sendo grande. Segundo o gerente Anísio Soares, as 40 caixas que recebeu do produto no fim de semana já esgotaram. "Eu tenho dois pacotes na prateleira, que são os últimos, e a procura por todos os produtos de prevenção é grande. A venda de álcool em gel dobrou, deixo eles até na prateleira da frente da loja". Anísio afirmou que a vitamina C tem sido bastante procurada pelos clientes.
Não tão preocupados - Se a preocupação com a gripe é grande no centro de Campo Grande, no bairro Maria Pedrossian, região leste da Capital, as pessoas parecem estar mais tranquilas com a situação.
Em uma farmácia do bairro, a venda de produtos que evitam o ressecamento da boca foi maior do que a de máscaras cirurgicas. "O pessoal aparenta não estar tão preocupado com a gripe, não. Vendi bastante manteiga de cacau por conta do frio, mas álcool em gel mesmo tá ali, comprei faz tempo e não saiu da prateleira. Máscara uma só esses dias", comentou a proprietária e farmacêutica Veridiana Alcântara Henrique.
Porém, algumas pessoas procuram o local para buscar informações sobre o assunto. "As vezes alguém vem tirar algumas dúvidas sobre a gripe. Explico que é importante a higienização e a ventilação de ambientes com muitas pessoas", finalizou.
