Ministério Público discute situação de moradores de rua na rodoviária velha
Reuniões visam a colher propostas para encontrar solução definitiva para problema que atinge a região do Amambaí
A situação na antiga rodoviária, no Bairro Amambaí tem sido motivo frequente de reuniões entre vizinhos e entidades do poder público e sociedade civil, para resolver “de forma definitiva” o problema das pessoas que buscam, diariamente, abrigo nas marquises da região. A última delas ocorreu nesta segunda-feira (2), envolvendo representantes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Síndica do prédio da antiga rodoviária, Rosane Nelly participou de encontro com a promotora Ana Cristina Carneiro Dias, responsável pelo Núcleo de Cidadania do MPMS –que auxilia na busca de uma solução para as pessoas que vivem nas ruas ao redor do centro comercial.
“Estamos com um projeto, um grupo de trabalho”, contou ela. O encontro, realizado na sede dos Correios, serviu para a representante do MPMS ver de perto o problema: dezenas de pessoas que se reúnem na região, incluindo usuários de drogas que, tem provocado, inclusive, operações policiais no local. Mas em questão de dias ou mesmo horas, todos estão de volta a uma área que começa a ser conhecida como uma “cracolândia” no município.
Uma próxima reunião deverá reunir sugestões da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) e outras pastas da prefeitura, polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional de Mato Grosso do Sul), Associação dos Moradores do Amambaí e Correios sobre como lidar com a situação.
“Cada um, dentro da sua competência, tem que levar um plano para resolver de vez. O primeiro passo é essa reunião”, destacou Rosane. A CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital) e o Sindicato do Comércio Varejista também acompanha a questão, disse ela.
A reportagem solicitou mais detalhes ao MPMS a respeito da reunião e das alternativas para solucionar o impasse envolvendo as pessoas em situação de rua, mas não obteve resposta até a veiculação desta matéria.
No fim do ano passado, a prefeitura apresentou projeto para a revitalização do prédio da rodoviária velha, que tem 11% de sua área física, de 6 mil metros quadrados, pertencente ao município. A intenção era bancar a obra com recursos de emendas parlamentares.
A falta de condições no prédio já levou, por exemplo, à retirada da base da Guarda Municipal –que ainda utiliza a área de estacionamento para seus veículos.
Em paralelo, diferentes propostas focadas nos sem-teto da região geram polêmicas –desde verificações de antecedentes até propostas visando a internação compulsória de dependentes químicos que perambulam na região.