Moradores sofrem com lamaçal em obras inacabadas há 8 meses
Em julho do ano passado, a prefeitura homologou contrato no valor de R$ 12,2 milhões para obras no bairro
Desde agosto do ano passado, obras de recapeamento e instalação de esgoto têm sido motivo de dor de cabeça para os moradores do Jardim Mansur, em Campo Grande. Eles relatam uma situação caótica, com barro por todos os lados e ruas intransitáveis.
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Desde agosto do ano passado, moradores do Jardim Mansur, em Campo Grande, enfrentam transtornos devido a obras de recapeamento e instalação de esgoto inacabadas. Com ruas intransitáveis e lama invadindo casas, a situação piora com a chuva. A prefeitura contratou R$ 12,2 milhões para pavimentação e drenagem, mas a execução desorganizada prejudica os residentes. A farmacêutica Ana Priscilla Fernandes relata danos ao veículo e frustração diária. A Sisep afirma que a obra está na fase de drenagem e construção de calçadas, atrasada pelas chuvas.
Em julho do ano passado, a prefeitura homologou contrato no valor de R$ 12,2 milhões para obras de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais no Jardim Mansur e Jardim Auxiliadora. As obras abrangem cerca de 6,7 quilômetros de pavimentação e instalação de galerias pluviais.
Na manhã desta quarta-feira, na Rua José Anchieta, a dona de casa Nágila Santos, de 33 anos, usava um rodo para retirar a lama de dentro de casa. Ela reclamou que, quando chove, a situação piora ainda mais. “Não tem como sair de carro, porque atola. Também não tem como sair de bicicleta”, lamentou.
Conforme a farmacêutica Ana Priscilla Fernandes, de 40 anos, também moradora do bairro, não há uma sequência organizada para a execução da obra, o que acaba prejudicando e gerando prejuízos. Ela lembra que a situação das vias contribuiu para danificar o seu veículo. “O peito de aço do carro ficou prejudicado por conta do degrau que se formou com a terra na entrada de casa”, relatou.
Ainda segundo Ana Priscilla, o problema vai além dos danos materiais. A maior queixa é a frustração vivida no cotidiano. “A gente lidando com filho, com cachorro, cliente... Ninguém consegue entrar, ninguém consegue sair. É complicado. A palavra é frustração mesmo, porque são meses e você vê como está a situação: um caos”, lamentou.
Indagada, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que a obra está em andamento, atualmente na fase de drenagem e construção de calçadas. A pavimentação, segundo a pasta, não avançou desde agosto devido ao período chuvoso.
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