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Capital

MPE ainda analisa inquérito que investigou erro médico na quimioterapia

Luana Rodrigues | 06/10/2015 13:05
José Maria Ascenço pode responder por homicídio com dolo eventual (Foto:Arquivo)
José Maria Ascenço pode responder por homicídio com dolo eventual (Foto:Arquivo)

Quase três meses após a Polícia Civil encerrar o inquérito que investigou um erro no tratamento de quimioterapia da Santa Casa, que pode ter causado a morte de quatro mulheres, nenhum dos cinco envolvidos foi denunciado pelo MPE(Ministério Público Estadual). O procedimento, com mais de 10 mil páginas, está sob responsabilidade do promotor Silvio Amaral Nogueira da 61ª Promotoria Especial Criminal, que dividiu a análise com mais três promotores.

Conforme a assessoria de imprensa do MPE, os promotores estão aguardando a resposta de um procedimento enviado a Justiça, e até o final desta semana devem decidir se denunciarão ou não os indiciados.

Caso seja denunciado pelo MPE, o médico José Maria Ascenço, dono da clínica que prestava serviços ao hospital, pode responder por homicídio doloso e lesões graves. Já farmacêutico Rafael Castro Fernandes por homicídio culposo por cada uma das mortes e pode ser condenado, por cada crime, a pena de 6 a 12 anos de reclusão. Pelo mesmo crime foi indiciado o médico Henrique Eses Ascenço, que era o responsável técnico pela clínica.

A farmacêutica Rita de Cássia Junqueira Godin foi indiciada por falsidade ideológica, porque registrava a manipulação dos medicamentos no período da tarde, apesar da mistura acontecer de manhã. E a enfermeira Geovana Carvalha Penteado, que chegou a realizar a manipulação dos produtos, foi indiciada por exercício irregular da profissão.

Vítimas - As investigações constataram que um erro – a troca de medicamentos, o Fluoroucil (5-FU) pelo Metotrexato– causou as mortes das pacientes Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72, e Maria Glória Guimarães, 61, em julho do ano passado. A quarta vítima, Margarida Isabel de Oliveira, 70, morreu em 27 de janeiro deste ano, sete meses após a troca. Os cinco envolvidos podem ser condenados a pena de até 96 anos de reclusão.

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