Mulher encontrada nua e ferida em creche abandonada está em coma
Como há suspeita que vítima tenha sido estuprada, médicos receitaram medicação para evitar gravidez
A mulher, de aproximadamente 40 anos, que foi encontrada sem roupa e muito machucada no prédio abandonado da antiga Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), no Bairro Tiradentes, está em coma na Santa Casa de Campo Grande. De acordo com o hospital, com suspeita de traumatismo craniano, ela precisou ser sedada e intubada. Por isso, a vítima, que a princípio é moradora de rua, segue sem identificação.
A paciente está em CTI (Centro de Terapia Intensiva) e já passou por avaliação da equipe de cirurgia plástica, que por enquanto decidiu não fazer intervenções. Quando foi encontrada, no início da tarde desta segunda-feira (6), ela estava muito ferida no rosto.
A mulher, ainda conforme o hospital, segue aos cuidados da equipe da neurologia, que aguarda a estabilização do quadro para avaliar o grau do trauma cranioencefálico.
Possivelmente vítima de espancamento, ela foi socorrida, na tarde de ontem, pelo Corpo de Bombeiros, depois que moradores das proximidades da antiga creche chamaram a PM (Polícia Militar).
Há a suspeita de que ela havia sido estuprada. Como a paciente está desacordada e não conseguiu relatar o que houve, médicos prescreveram medicação para prevenir uma possível gravidez. Protocolo para evitar DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) também deve ser iniciado.
Quem contou a história ontem ao Campo Grande News foi o monitor de brinquedos, de 52 anos, que pediu para não revelar o nome. Ele narrou que estava chegando em casa, quando um catador de recicláveis, que passava pela Rua Barão de Ubá, avisou ao vizinho dele que tinha visto a mulher ferida. “Ele disse assim: ‘Largaram uma mulher machucada lá dentro, acho que ela morreu’. Eu e meu vizinho fomos olhar”, relatou.
O homem relatou ainda que encontrou a mulher caída em um dos cômodos do prédio abandonado. Com uma mão, ela tentava rastejar para o lado de fora e com a outra, segurava o sutiã contra os seios, a única peça de roupa que "vestia", mas que também estava rasgada. A vítima estava tão ferida no rosto, que não conseguia falar, apenas gemia.
O caso foi registrado na 4ª DP (Delegacia de Polícia).