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Capital

‘Nando’ é levado para mesmo presídio onde está ‘Maníaco da Cruz’

Os dois assassinos estão no Instituto Penal da Capital, que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima, no Complexo Penal

Luana Rodrigues | 02/01/2017 17:11
Luiz Alves Martins Filho, 49 anos, o ‘Nando’, e Dyonathan Celestrino, 25 anos, conhecido como 'Maníaco da Cruz'. (Foto: Reprodução)
Luiz Alves Martins Filho, 49 anos, o ‘Nando’, e Dyonathan Celestrino, 25 anos, conhecido como 'Maníaco da Cruz'. (Foto: Reprodução)

Considerado o maior serial killer já descoberto em Mato Grosso do Sul, após confessar a morte de 17 pessoas, Luiz Alves Martins Filho, 49 anos, o ‘Nando’, agora está na companhia de outro assassino em série que também ficou “famoso” por seus crimes: Dyonathan Celestrino, 25 anos, desde 2008 conhecido como ‘Maníaco da Cruz’, depois de matar três pessoas em Rio Brilhante - cidade localizada a 163 km da Campo Grande.

Os dois assassinos estão no Instituto Penal da Capital, que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima, no complexo penal, na Rua Indianápolis, Jardim Noroeste.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Nando chegou ao presídio no dia 21 de dezembro do ano passado e divide cela com demais presos. Já Dyonathan fica isolado dos demais internos, devido a periculosidade dele.

A Agepen não informa em qual pavilhão e cela os dois assassinos em série estão. Segundo a agência, a informação não é divulgada por questões de segurança.

Também há informação se um serial killer pode ter acesso ao outro, o que se sabe é que todos os presos tem direito ao banho de sol, onde geralmente tem acesso a detentos de celas diferentes, desde que estejam no mesmo pavilhão.

Maníaco da Cruz - Dyonathan Celestrino foi preso em 2008, quando matou três pessoas em série em Rio Brilhante - cidade localizada a 163 km da Capital.

Aos 16 anos, o rapaz matou a primeira vítima, o pedreiro Catalino Gardena. A segunda a ser morta foi Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.

E a terceira e última vítima de Celestrino foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Dionathan foi apreendido em 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.

O assassino foi apreendido e cumpriu a pena na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Entretanto, apesar de ter passado dos 18 anos, seguiu no local pois sua liberdade era tida como perigosa para a sociedade.

Contrariado com a situação, ele fugiu da Unei e foi para o Paraguai. Alguns dias depois da fuga, ele foi encontrado e encaminhado para Campo Grande. Inicialmente, ele deveria ir para uma unidade penal psiquiátrica, porém, como não existe tal unidade em Mato Grosso do Sul, ele foi internado na Santa Casa.

Contudo, logo ele foi transferido para o Complexo Penal por motivos de segurança, ficando no Instituto Penal sob observação especial, devido a sua condição psicológica. Na época da fuga, em 2013, o Governo do Estado alegou que buscava vaga para ele em outros Estado, porém, não conseguia.

Nando, "o justiceiro" - Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, 49 anos, era morador conhecido Danúbio Azul, região norte de Campo Grande. Pessoa simples, de conversa fácil e boa vontade. Companheiro de todas as horas, de dar carona à grávida ao hospital, até para buscar compras no mercado para os idosos, segundo vizinhos.

Isso até o dia 10 de novembro de 2016, quando a polícia descobriu que ele era uma espécie de “justiceiro” no bairro, responsável pela morte de 17 pessoas. 

Durante as investigações, foi detectado que essas vítimas faziam parte do esquema que agia na região, sob o comando de Nando. Para ele, quem colocava em risco à “segurança” da comunidade deveria ser punido com a morte.

O bando aliciava adolescentes e jovens dependentes químicos para vender droga e se prostituir a troco de pasta base de cocaína. As vítimas desapareciam quando se desentendiam com algum integrante.

Depois de preso, Nando acabou confessando todos os crimes pelos quais é acusado. As investigações continuam e a polícia acredita que pode localizar mais vítimas, mesmo que estas já estejam 'perdidas'.

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