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Capital

Novo comandante do Batalhão de Trânsito promete levar blitze à periferia

Tenente-coronel quer iniciar operações pontuais e blitze conjuntas em bairros afastados da região central para coibir motoristas sem habilitação ou bêbados e aumentar presença policial na comunidade

Rafael Ribeiro | 07/04/2017 12:42
Tenente-coronel José Amorim Longatto, novo comandante do Batalhão de Trânsito em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Tenente-coronel José Amorim Longatto, novo comandante do Batalhão de Trânsito em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

No posto de comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar desde segunda-feira (7), o tenente-coronel José Amorim Longatto promete levar ações de fiscalização e conscientização dos motoristas de Campo Grande para a periferia da cidade.

Substituindo o tenente-coronel Renato Tolentino Alves, que assumiu o CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), responsável pela PM na Capital, o novo responsável pelo policiamento do trânsito disse em entrevista exclusiva ao Campo Grande News que irá iniciar uma série de reuniões para levar o batalhão aos bairros.

“Segunda-feira a gente inicia os encontros com os comandantes de área para traçar juntos a atuação”, apontou Longatto.

Segundo o comandante, o trabalho conjunto, que englobará Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transportes) e a Guarda Civil Municipal, buscará a realização de blitz em pontos específicos, visando coibir pessoas sem habilitação, adolescentes e, claro, motoristas bêbados.

“Vamos descentralizar a atuação. Ir aos bairros. Por isso queremos que eles (batalhões de área) nos diga as particularidades, os dias de maior incidência de problemas, os pontos, as avenidas, saber os dias de feiras. Queremos começar isso o mais rápido possível”, disse Longatto.


Para o tenente-coronel, a atuação trará reflexos positivos. “A presença constante da PM acabará impactando a diminuição dos crimes habituais que já acontecem nesses locais”, disse.


Desde 1988 na PM sul-mato-grossense, Longatto chega ao comando do Batalhão de Trânsito 22 anos depois de comandar o pelotão de motos. Segundo ele, a experiência de duas décadas atrás é o que o incentiva a usar os 112 integrantes do batalhão para olhar de forma mais ampla para a periferia.

“A densidade demográfica da cidade cresceu muito, as vias ficaram mais rápidas, o que faz com que ocorra muito acidentes. Nosso trabalho principal é o de conscientizar as pessoas, não apenas multá-las. O foco desse trabalho é voltado em levar o policiamento aos pontos onde tem mais confrontos”, destacou.

Otimização – Seguindo o foco de aproximar o Batalhão de Choque da população, Longatto prepara ações inovadoras. A principal delas é informatizar o sistema de registro de ocorrências de acidentes de trabalho.

Reuniões serão feitas o Detran (Departamento de Trânsito) para que nos próximos meses os BOs sejam disponibilizados on-line às vítimas. “Precisamos otimizar isso, mudar a forma como é feito hoje, da pessoa ter que vir aqui buscar, assim aceleramos o processo”, disse.

Além da mudança estrutural, Longatto inicia, já na próxima semana, uma série de palestras de policiais do Trânsito em universidades para alertar sobre segurança no trânsito e legislação.

As escolas públicas também estão no foco, com um projeto onde as crianças aprenderão a identificar infrações e serão motivadas a repreender os pais caso eles cometam os delitos.

“A falta de consciência (dos motoristas) é grande e um de nossos principais problemas em Campo Grande. Queremos mudar o pensamento para mudar as atitudes”, concluiu.

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